Pesquisa Ipespe: quase 34% dos cearenses não torcem para time nenhum
O grupo dos que não torcem para nenhum clube é composto em 68,3% por mulheres e mais da metade de seus integrantes (50,9%) é de jovens e adultos, entre 16 e 44 anos — a pesquisa não ouviu pessoas abaixo dos 16 anosA pesquisa Ipespe sobre as maiores torcidas de clubes de futebol no Estado do Ceará, encomendada pelo O POVO, constatou que 33,8% dos cearenses não torcem para nenhum time.
O número supera a preferência individual por Flamengo (19,9%), Ceará (15,7%) e Fortaleza (12,8%), que aparecem como os três clubes com mais torcedores no Estado. A margem de erro da pesquisa é de 3,2 pontos percentuais para mais ou para menos.
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O grupo dos que não torcem para nenhum clube é composto em 68,3% por mulheres e mais da metade de seus integrantes (50,9%) é de jovens e adultos, entre 16 e 44 anos — a pesquisa não ouviu pessoas abaixo dos 16 anos. A maioria desses indivíduos mora no interior do Estado (55,9%). Com relação ao perfil socioeconômico, a maior parte cursou até o ensino fundamental (48,2%) e ganha até dois salários mínimos (67,2%).
Números por categoria
Entre as mulheres entrevistadas, 43,5% não apontaram um clube de preferência. O percentual é mais que o dobro do clube mais escolhido por elas, que foi o Flamengo (18,6%).
No grupo dos homens, 22,9% alegam não torcer para time nenhum. Conforme a pesquisa, apesar de o público masculino se mostrar mais ligado ao futebol, a porcentagem dos que não se consideram torcedores é maior do que o clube mais bem colocado entre eles, o Flamengo (21,4%). Considerando a margem de erro, porém, há um empate quádruplo entre os dois, Ceará (18,4%) e Fortaleza (15,4%).
Dos moradores da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), o índice de quem não torce para ninguém (33,9%) também supera o do time mais apontado, que foi o Ceará (21,1%). A mesma coisa acontece entre os moradores do interior, mas de forma menos acentuada. Nessa categoria, são 33,8% de pessoas sem time frente a 24,5% que torcem para o Flamengo, clube mais citado.
Quanto ao perfil socioeconômico, o percentual mais alto de não-torcedores foi no grupo de pessoas que ganham até dois salários (36,8%). Na questão escolaridade, o índice mais alto dos que não tem preferência por qualquer clube de futebol está entre os que cursaram até o ensino fundamental (37,2%).
A pesquisa foi realizada entre os dias 9 e 11 de setembro e ouviu 1 mil pessoas, a partir dos 16 anos, com cotas de sexo, idade e localidade; e controle de instrução e renda. As entrevistas foram telefônicas através do sistema Cati Ipespe.
Colaborou Thiago Minhoca