Mais uma ex-funcionária da CBF denuncia Rogério Caboclo de assédio sexual: "Me expôs inúmeras vezes"

A CBF recebeu a nova denúncia de assédio sexual na quarta-feira, 18.

O presidente afastado da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rogério Caboblo, foi denunciado por mais uma ex-funcionária, que relatou ter sido agredida física e psicologicamente. A CBF recebeu a denúncia de assédio sexual na quarta-feira, 18. As informações foram divulgadas pelo portal do Globo Esporte.

Junto à denúncia, a CBF recebeu uma notificação extrajudicial de natureza trabalhista anexada ao documento. Os fatos relatados teriam ocorrido entre 2017 e 2019, este o ano em que a funcionária se desligou da entidade máxima do futebol brasileiro.

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"O Rogério me expôs inúmeras vezes. Começou com jantares profissionais, em reuniões ele tentava me abraçar e me beijar, entre outras tentativas de me agarrar à força. Foram muitas ocasiões. Ele tentou desde me pedir em casamento em sua sala enquanto Diretor Executivo de Gestão, à total insanidade com os assédios físicos os quais descrevo abaixo. Ele não aceitava não como resposta", diz trecho da denúncia divulgada pelo Globo Esporte.

Em outro relato, a ex-funcionária diz ter sido agredida em um apartamento do dirigente localizado na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.

"Quando chego em sua casa, com meu computador ele tranca a porta, me oferece vinho, digo que não [...] Aí então ele saiu, foi para outro lado do apartamento dele. Quando ele voltou com o que me parecia shorts de banho, ele tentou me beijar, puxou meu cabelo para trás com muita força, e tentou me beijar novamente. Eu pedi para ele parar e ele não parou", afirma ela em denúncia.

O relato sobre o caso prossegue. "Ele então me pegou pelo pescoço contra (a) parede e forçou a sua mão entre as minhas pernas, tentando ao mesmo tempo enfiar a mão dentro da minha calcinha. Tentei revidar empurrando com o cotovelo e ele fez mais força no meu pescoço. Ele me largou por sorte a comida que ele havia pedido chegou."

Conforme o episódio relatado, o então secretário-geral da CBF, Walter Feldman teria chegado ao apartamento logo depois. A ex-funcionária afirma que contou o que havia passado a Feldman, que teria minimizado a situação. "Entenda, todo gênio é um pouco louco."

Ao Globo Esporte, Feldman disse não se lembrar do episódio narrado pela ex-funcionária do CBF.

Rogério Caboclo nega as acusações de assédio. A defesa do dirigente alega que a funcionária recebeu proposta de dois diretores da CBF, Gilnei Botrel e Manoel Flores, para prejudicá-lo.

A dupla de dirigentes citada pela defesa de Caboclo nega que tenha feito qualquer ação junto à ex-funcionária com o intuito de prejudicar o presidente afastado da CBF.

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