Tite evita comentar afastamento de Caboclo e nega ter sido ameaçado de demissão
O presidente da CBF foi afastado por 30 dias após acusação de assédio moral e sexual
19:08 | Jun. 07, 2021
Em coletiva nesta segunda-feira, 7, o técnico Tite evitou falar sobre o afastamento do presidente da CBF, Rogério Caboclo, que foi acusado de assédio por uma funcionária da federação. O comandante da Seleção reconheceu a gravidade do assunto, mas destacou que o tema deve ser tratado e analisado pelo comitê de ética da instituição.
+ Rogério Caboclo é afastado da presidência da CBF por 30 dias
+ Caboclo se diz inocente e planeja retomar presidência da CBF
+ Jogadores da seleção brasileira decidem jogar Copa América no Brasil
"Nós sabemos a dimensão que tem e a gravidade do caso. Agora, existe um comitê de ética da CBF que toma as devidas providências a isso. Essa alçada e essa responsabilidade nós acompanhamos. Sabemos da gravidade, mas não é da nossa alçada, é do comitê de ética", declarou.
O afastamento de Caboclo tem sido um dos assuntos mais repercutidos nos bastidores da Seleção Brasileira nos últimos dias. Na sexta passada, uma funcionária da CBF acusou o mandatário de assédio moral e sexual. Dois dias depois, o presidente foi destituído de seu cargo por 30 dias.
Diante da realização da Copa América no Brasil, Tite foi questionado se chegou a ser ameaçado de demissão por Caboclo. O técnico respondeu: "Não".
O técnico também foi perguntado se o comandante de uma seleção deve estar alinhado ao governo de seu país. "Técnico de futebol tem que estar alinhado com o futebol", afirmou.
Tite ainda comentou sobre os pedidos para deixar o comando do Brasil e como tem se sentido em meio ao conturbado cenário atual, apesar do bom desempenho nas Eliminatórias para a Copa. Ele declarou que a melhor forma de retribuir é fazer com que a Seleção jogue bem e que "está em paz" por conta das pessoas que possui em seu entorno no time.
"Tenho muito respeito ao meu trabalho, à Seleção Brasileira, a esse momento de Copa do Mundo nas Eliminatórias. A melhor maneira de retribuir toda essa confiança para as pessoas que estão a meu favor e o respeito daquelas que estão contra é fazer o melhor trabalho possível, fazer com que a seleção jogue bem e possa vencer. Essa é minha atribuição e é a isso que vou me ater", disse.
"Estou em paz. Pelas pessoas que tenho em volta, pelo grupo de pessoas com o nível que elas têm, tenho muita paz. Às vezes eu perco, mas vem alguém e me retransmite. Então temos muita paz, discernimento e sensatez na conduta do nosso trabalho", acrescentou o técnico.