Uso do VAR nas quartas de final do Nordestão passa por equipes classificadas; entenda

Liga do Nordeste observa estádios em que os jogos da segunda fase devem cair para tentar viabilizar a antecipação do uso da tecnologia

18:47 | Abr. 05, 2021

Por: Brenno Rebouças
Sala do árbitro de vídeo do Castelão (foto: Júlio Caesar/O POVO)

A Liga do Nordeste admite a possibilidade de uso do árbitro de vídeo já nas quartas de final da Copa do Nordeste, realizada em partida única. Em entrevista ao portal NE45, o presidente da entidade, Alexi Portela, disse que a questão estava em estudo e se mostrou confiante quanto à antecipação da utilização da tecnologia, confirmada para a final do torneio.

O Esportes O POVO apurou que a decisão passa diretamente pelos oito classificados para a fase quartas de final. Não por preferência de clube A ou B por parte da Liga, mas por condições técnicas. É que nem todos os Estados no Nordeste possuem estádios homologados para o uso do VAR, o que implicaria em tempo para a regularização e impactaria diretamente no custo da tecnologia.

Em estádios já dotados com toda estrutura para o VAR (instalações, conexões, sala de comando, etc), o custo de operação sai em torno de R$ 28 mil. Já para o primeiro uso numa praça esportiva, o preço dobra e sai por R$ 54 mil.

Quanto à homologação de um estádio, se a empresa escolhida para instalar tiver os equipamentos necessários à disposição no Brasil, pode acontecer entre 8 e 10 dias. Caso precise importar, o prazo se estende para, no mínimo, 20 dias. E é necessário a realização de um jogo teste antes (não necessariamente profissional). 

Estados que possuem ou já tiveram representantes na Série A recentemente possuem estádios já homologados, como é o caso de Ceará, Bahia, Pernambuco e Alagoas. A Paraíba também possui, pois recebeu a final da Copa do Nordeste em 2019, quando a tecnologia já era utilizada. Piauí e Rio Grande do Norte, por exemplo, não possuem.

O fato de uma equipe de um Estado sem praça esportiva homologada para o VAR se classificar não exclui totalmente a chance de antecipação do uso da tecnologia, pois o jogo das quartas de final é único e pode cair em um estádio já dotado com as instalações necessárias (no caso, do adversário). Caso a partida tenha que ser realizada em uma praça que ainda não recebeu o árbitro de vídeo, o uso do VAR já na segunda fase do torneio fica bem complicado (devido aos prazos apertados e custos mais elevados).

O Esportes O POVO tentou contato com o presidente da Liga do Nordeste para falar sobre o assunto, mas não obteve retorno até o momento.