Ronaldinho admite erro com documentos falsos e não será indiciado pelo MP do Paraguai
A decisão da promotoria foi baseada no "critério de oportunidade", recurso que deixa livre os suspeitos quando eles admitem o delito e não tem antecedentes criminais
09:52 | Mar. 06, 2020
O ex-jogador Ronaldinho e seu irmão Assis admitiram, na noite dessa quinta-feira, 6, o erro em relação aos documentos adulterados que foram encontrados pelo poder público do Paraguai. Dessa forma, os promotores responsáveis pelo caso resolveram não indiciar os dois, porque entendeu que eles "foram enganados em sua boa fé". A informação é do portal G1.
O ex-atleta já poderia retornar ao Brasil, mas segundo seus advogados, ele decidiu ficar no país até esta sexta-feira. A decisão da promotoria foi baseada no "critério de oportunidade", recurso do Código Penal paraguaio que deixa livre os suspeitos quando eles admitem o delito e não tem antecedentes criminais no país.
A decisão final, no entanto, caberá ao Juizado Penal de Garantias do Paraguai. Também envolvidos no caso, a promotoria resolveu acusar três pessoas: o empresário Wilmondes Sousa Lira, apontado pela defesa de Ronaldinho como responsável pelos documentos falsos, e as paraguaias María Isabel Galloso e Esperanza Apolonia Caballero — as duas donas dos passaportes e carteiras de identidade adulterados, de acordo com o Ministério Público.
Nessa quinta-feira, 5, o advogado de defesa de Ronaldinho, Sérgio Queiroz, defendeu que o ex-desportista tem passaportes brasileiro e espanhol regularizados desde o fim do ano passado e a situação é um “equívoco que será esclarecido”.
O astro do futebol já chegou a ter o seu passaporte suspenso e ser impedido de sair do Brasil devido ao andamento de processos na justiça brasileira. As denúncias dizem respeito a danos ambientais pela construção irregular e sem licenciamento em uma área de preservação ambiental no Rio Grande do Sul.
O caso ocorreu em 2015, e tanto Ronaldinho quanto seu irmão, Roberto de Assis Moreira, foram proibidos de emitir novos passaportes até a conclusão do processo. Eles também estavam proibidos de sair do País até pagarem a multa, que em setembro de 2019 estava em torno de R$ 8,5 milhões.