Após gritos homofóbicos, partida é interrompida e Vasco pode perder pontos no Brasileirão
O caso aconteceu na etapa final do confronto válido pela 16ª rodada do Brasileirão
18:00 | Ago. 26, 2019
O duelo entre Vasco e São Paulo realizado no Rio de Janeiro neste domingo, 25, terminado em 2 a 0 para os mandantes, foi marcado por um caso de homofobia envolvendo os torcedores do Cruz Maltino que pode render a perda de três pontos ao clube. Por ter sido relatado em súmula, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva, STJD, tem até 60 dias para fazer uma denúncia.
Aos 19 minutos do segundo tempo de partida, torcedores do Vasco gritavam "time de veado" para os jogadores do São Paulo, o árbitro do jogo, Anderson Daronco, paralisou o confronto para relatar o caso em súmula. "A partida foi paralisada para informar ao delegado do jogo e aos capitães de ambas as equipes a necessidade de não acontecer novamente e para informar no sistema de som do estádio o pedido para que os torcedores não gritassem mais palavras homofóbicas”, escreveu o juiz.
Daronco conversou com Vanderlei Luxemburgo, treinador do Vasco, e ele se virou para os torcedores fazendo sinais para que eles parassem as manifestações. A transmissão do jogo também mostrou o comandante dizendo que "não pode chamar time de veado". Após isso, os gritos que vinham das arquibancadas de São Januário começaram a cessar.
Os casos de homofobia passaram a render punições aos clubes a partir da 16ª rodada do Brasileiro. Quem "praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência" será enquadrado no artigo 243-G do Código Disciplinar, conforme orientação do STJD.
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