Bia Haddad: saiba quem é a 1ª brasileira na semifinal de Roland Garros

Passando por parentesco com personalidade famosa e namoro com astro do tênis, conheça Bia Haddad, brasileira que se tornou a 14ª melhor tenista do mundo

18:48 | Jun. 07, 2023

Por: Iully Fernandes
Bia Haddad foi derrotada pela número 1 do mundo, Iga Swiatek, e se despediu de Ronald Garros na semifinal (foto: EMMANUEL DUNAND / AFP)

Beatriz Haddad Maia, ou simplesmente “Bia Haddad”, disparou nas buscas do Google nesta semana ao entrar na história do tênis brasileiro. Ela se tornou a primeira tenista do Brasil, após 55 anos, a chegar nas quartas de final de chave simples do Torneio de Roland Garros, realizado na França.

Bia Haddad diz estar "vivendo um sonho" em Roland Garros e explica evolução na carreira; CONFIRA

Maria Esther Bueno foi a última brasileira a chegar nessa fase em um Grand Slam (um dos quatro eventos anuais mais importantes do tênis), no caso o US Open, em Nova York, em 1968.

Bia Haddad é a 14° melhor tenista do mundo, apesar de não ser um rosto popularmente conhecido. A atleta, com 27 anos, enfrentou a tunisiana, Jabeur, a número sete do mundo, e venceu por 2 sets a 1 (parciais 3/6, 7/6 e 6/1), avançando de forma inédita na carreira a uma semifinal de Grand Slam.

Beatriz vai enfrentar a polonesa Iga Swiatek na semifinal. A rival é a atual número um do mundo. No entanto, o histórico de vitórias está favorável à Bia, que, no ano passado, venceu a líder do ranking no único jogo entre as duas no WTA 1000 de Toronto.

A partida entre as duas ocorrerá nesta quinta-feira, por volta de 11h.

Diante do súbito aumento de pesquisas relacionadas à brasileira nas últimas horas, a trajetória de vida da tenista se encaminhou para dúvidas relacionadas a doping e até mesmo ao parentesco com Fernando Haddad, Ministro da Fazenda.

Confira mais informações sobre a atleta:

Bia Haddad: da vida pessoal ao parentesco com personalidade famosa e namoro com astro do tênis

Nascida em São Paulo, Bia começou a vida de atleta bem cedo, aos quatro anos de idade, incentivada pela mãe. Aos 10 anos já disputava torneios e foi eleita por quatro anos seguidos a melhor tenista juvenil do Brasil, entre 2009 e 2012.

Ela possui 27 anos e 1,85m de altura, com uma soma de aproximadamente US$ 3 milhões (R$ 14 milhões) em ganhos de premiação na carreira.

Em 2014, ao completar 18 anos, Bia passou a se dedicar aos torneios profissionais, tanto da ITF como da WTA (Associação de Tênis Feminino).

E, para sanar as dúvidas, apesar de dividir o sobrenome com o Ministro da Economia, Fernando Haddad, Bia não tem nenhum parentesco com o petista.

No entanto, ela possui sim parentesco com uma personalidade bem famosa. A tenista é sobrinha do apresentador e escritor Rolando Boldrin, falecido em novembro do ano passado.

Os dois mantinham uma relação bem próxima e Rolando comemorou publicamente diversas vitórias da sobrinha. Quando o tio faleceu, Bia publicou uma homenagem emocionante nas redes sociais.

"Na última vez que te vi, combinamos duas coisas: que te traria um troféu e que tocaríamos uma música juntos. Sei que faz parte do processo da vida e estamos aqui de passagem. Mas gostaria de agradecer por tudo o que você fez pela nossa cultura, pela arte e principalmente por cuidar tão bem da sua família. Tive sorte em poder compartilhar alguns momentos com você e aprender", escreveu a atleta.

Já na vida amorosa, Bia teve um relacionamento com Thiago Monteiro, também atleta de tênis. Eles se conheciam de longa data, já que eram colegas no circuito juvenil e treinavam na mesma academia. O namoro se tornou público em 2016.

Durante o tempo em que estiveram juntos, eles precisaram lidar com a distância. Devido aos compromissos profissionais de ambos, eles passavam boa parte do tempo separados.

Discretos, eles não expuseram detalhes do término publicamente, mas especula-se que a relação tenha chegado ao fim em 2020.

Bia Haddad: a trajetória na vida atlética e a suspensão por doping

Em 2017, a brasileira se firmou no cenário profissional da WTA e disputou as chaves de alguns dos principais torneios do mundo, incluindo Wimbledon, onde venceu sua primeira partida de Grand Slam.

O ano seguinte, no entanto, trouxe uma maré de má sorte, com lesões em 2018. No mesmo ano, ela precisou se mudar de São Paulo para Florianópolis, a fim de ter uma maior qualidade de vida, sem pensar tanto nos aspectos profissionais de sua vida.

Recuperada, em 2019, tornou-se a primeira brasileira a vencer uma partida do Australian Open desde 1965.

A suspensão por doping

Em uma nova sequência de quedas, ainda em 2019, Bia é suspensa por 10 meses por doping. A pena, considerada curta, se deu pois a atleta conseguiu provar que seu caso era consequência de uma contaminação cruzada na manipulação de vitaminas na farmácia.

A suspensão injusta foi vista por Beatriz como um “erro humano” da parte dos farmacêuticos. Somado a isso, Bia passou por três afastamentos causados pela pandemia da covid-19 e uma cirurgia para retirar um tumor da mão esquerda em 2020.

Desde então, a atleta tem feito uma campanha para retornar às quadras e buscar patrocínio. E, tendo em vista o destaque em Roland Garros este ano, Beatriz teve resultados positivos.