Candidatos a presidente: conheça os principais nomes de 2022

Onze nomes disputam a vaga de presidente da República, dentre eles Ciro Gomes (PDT), Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL)

Onze candidatos concorrem à vaga de presidente da República em 2022, cargo que será ocupado no Palácio do Planalto pelos próximos quatro anos, a partir de 2023, com a posse da pessoa eleita no dia 1° de janeiro.

No Brasil, a votação para presidente ocorre em dois turnos. Para acontecer somente em um turno, o candidato mais votado deve ter, pelo menos, 50% dos votos mais um. Em 2022, o primeiro turno acontece no dia 2 de outubro e o segundo, no dia 30 do mesmo mês.

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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estima que 148 milhões de eleitores brasileiros estejam aptos a votar, o que coloca o País na posição de segunda maior democracia do hemisfério ocidental e a quarta maior do mundo, atrás dos Estados Unidos, Indonésia e Índia.

Continue lendo para saber mais sobre cada candidato que concorre à vaga de chefe do poder executivo no Brasil e entenda quais as funções de cada cargo político.

Candidato a presidente 2022: quem está concorrendo ao cargo?

Veja abaixo um breve histórico dos onze candidatos que disputam, este ano, a presidência do Brasil.

Ciro Gomes (PDT)

Ciro Gomes, de 64 anos, nasceu em Pindamonhangaba, no interior paulista. De família cearense, cresceu em Sobral e foi deputado estadual no Ceará antes de ser prefeito de Fortaleza e governador do estado.

No governo Itamar Franco, foi ministro da Fazenda e, no governo Lula, ministro da Integração Nacional. Concorreu à presidência do Brasil em 1998 e 2002 pelo PPS e em 2018 pelo PDT, quando ficou em terceiro lugar na disputa.

Lula (PT)

Nascido em Caetés, na época um distrito de Garanhuns (PE), Luís Inácio Lula da Silva é ex-metalúrgico e líder sindical, tendo governado o País entre 2003 e 2010.

Atualmente com 76 anos, é o principal oponente de Bolsonaro. Antes de suas incursões nacionais em 1989, 1994 e 1998, cumpriu um mandato de deputado federal por São Paulo.

Em 2017, Lula foi condenado a nove anos e seis meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, vinco a ser preso em 2018.

Em 2021, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin anulou as condenações e teve a arquivação de seus processos confirmada em plenário pelo Supremo no mesmo ano.

Jair Bolsonaro (PL)

Natural de Glicério (SP), Jair Messias Bolsonaro, atual presidente do Brasil, seguiu carreira militar e chegou a capitão. Iniciou a carreira política em 1988, quando se elegeu vereador do Rio de Janeiro.

Candidato à reeleição, disputará as eleições deste ano pelo Partido Liberal (PL), seu décimo partido.

Atuando pela primeira vez em cargo majoritário, tornou-se chefe de Estado em 2019 após 28 anos de mandato como deputado federal pelo Rio de Janeiro, cargo que ocupou de 1990 a 2018.

Simone Tebet (MDB)

Simone Tebet tem 52 anos e nasceu em Três Lagoas (MS). Formou-se em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e além de advogada e professora, é senadora da República em primeiro mandato (2015-2023).

Começou a carreira política em 2002, ao ser eleita deputada estadual no Mato Grosso do Sul. Depois foi eleita prefeita de Três Lagoas (MS) por 2 mandatos e, em seguida, foi vice-governadora do estado, em 2010.

Chegando ao senado em 2014, liderou a primeira bancada feminina. Foi a primeira mulher a presidir a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), e participou da CPI da Pandemia.

Luiz Felipe D’ávila (Novo)

Paulistano de nascença, Luiz Felipe D’Ávila tem 58 anos e é cientista político com mestrado em administração pública. Já trabalhou como editorialista, comentarista político, diretor de editoras e escritor.

O candidato defende uma agenda liberal. Fundou uma ONG dedicada à formação de líderes políticos.

Vera Lúcia (PSTU)

Pernambucana de Inajá, Vera Lúcia tem 54 anos e se formou em Ciências Sociais na Universidade Federal de Sergipe (UFS).

Trabalhou como garçonete, datilógrafa e operária numa indústria de calçados, quando se ligou ao movimento sindical.

A partir de uma dissidência do PT, participou da criação do PSTU em 1992.

Já foi candidata a prefeita, governadora e deputada federal e em 2022 foi candidata à presidência da República.

Léo Péricles (UP)

Leonardo Péricles, 40 anos, é mineiro de Belo Horizonte (MG). Técnico em eletrônica e mecânico de manutenção de máquinas, deu início à militância política nos anos 2000 quando se engajou ao movimento estudantil.

Foi eleito diretor da União Nacional dos Estudantes (UNE) e integrou o Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB).

Em 2014, liderou movimentos contra a Copa do Mundo no Brasil e em 2020, concorreu à vice-prefeitura de BH.

Constituinte Eymael (DC)

Aos 82 anos, José Maria Eymael, natural de Porto Alegre (RS), é graduado em Filosofia e Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) e concorre à presidência pela sexta vez.

Além de advogado, Eymael também é empresário no ramo de marketing e comunicação.

Em 1962, filiou-se ao antigo Partido Democrata Cristão (PDC), e em 1986, foi eleito deputado federal por São Paulo.

Sofia Manzano (PCB)

Paulista e doutora em História Econômica pela Universidade de São Paulo (USP), Sofia Manzano, 51 anos, é professora universitária na Bahia.

Iniciou a militância política pelo Partido Comunista Brasileiro em 1989 e em 2013, passou a integrar o movimento sindical de professores, tendo sido eleita uma das líderes de greves da categoria.

Soraya Thronicke (União Brasil)

Nascida no Mato Grosso do Sul, em Dourados, Soraya Thronicke, aos 49 anos, é senadora em primeiro mandato e presidente da União Brasil Mulher.

Formada em Direito com MBA em Direito Empresarial e pós-graduada em Direito Tributário e em Direito de Família e Sucessões, iniciou na política participando de movimentos de rua em 2013.

À época filiada ao PSL, disputou sua primeira eleição em 2018, quando foi eleita senadora da República.

Antes, Thronicke havia sido filiada ao partido Novo. Em 2022, concorre à Presidência pelo União Brasil.

Padre Kelmon (PTB)

Padre Kelmon é natural de Acajutiba, município baiano, e tem 45 anos. Ajudou a criar o Movimento Cristão Conservador e lidera atualmente o Movimento Cristão Conservador Latino Americano (Meccla).

Passou a disputar a corrida a presidencial depois que Roberto Jefferson, de quem seria candidato a vice-presidente, teve a candidatura negada pelo TSE.
Candidatos a presidente 2022: quais outros cargos serão votados esse ano?

Além da votação para presidência da República, neste ano serão eleitos governadores de estado, senadores, deputados federais e deputados estaduais.

 

Além de presidente, em 2022 serão eleitos governadores, senadores, deputados federais e deputados estaduais
Além de presidente, em 2022 serão eleitos governadores, senadores, deputados federais e deputados estaduais (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Governador

O governador ocupa o cargo executivo no âmbito das federações brasileiras. É função sua gerir o estado e representá-lo em ações políticas, administrativas e jurídicas.
Sua pessoa atua com o auxílio de secretários por ele nomeados, atuando em sintonia com as prefeituras dos municípios. No Distrito Federal, o governador também exerce a função de prefeito.
Uma importante incumbência do governador é a segurança pública, cabendo a ele o controle das Polícias Civil e Militar, além da construção, administração de presídios e proposição de projetos de lei relacionados à questão penitenciária.

Senador

O Senado compõe o Congresso Nacional juntamente com a Câmara dos Deputados. Pela Constituição, o Senado representa os Estados e o Distrito Federal e a Câmara representa o povo.
O mandato dos senadores é de oito anos, e o dos deputados de quatro anos. Mesmo assim, os processos eleitorais ocorrem a cada quatro anos, com a renovação do senado ocorrendo alternadamente, por 2/3 (como em 2018) e 1/3 (como agora).

São eleitos três senadores por estado. Por serem eleitos em eleição majoritária, têm dois suplentes fixos na chapa.
O Senado possui atribuições privativas, que não competem à Câmara. Cabe somente aos senadores julgar crimes de responsabilidade cometidos pelo presidente da República e ministros do Estado.
Quando os crimes de responsabilidade envolvem comandantes das Forças Armadas, ministros do STF e procurador-geral da República, a abertura do processo não precisa de autorização da Câmara, inicia diretamente no Senado.

Em ambos os casos, a abertura de processos contra presidentes da República ou ministros de Estado precisa da aprovação de dois terços dos deputados. No Senado, presidente e ministros são afastados caso também dois terços dos senadores optem pela procedência da acusação.
O Senado aprova ainda os nomes indicados ao STF, à Procuradoria Geral da República (PGR) e à presidência e direção do Banco Central (BC).

No âmbito econômico, os senadores autorizam operações financeiras externas da União, estados e municípios; tratam de limites na concessão de garantia da União em operações de crédito interno e externo e estabelecem os limites globais no montante da dívida mobiliária de estados e municípios.
Deputado federal

Os 513 deputados federais são eleitos a cada quatro anos. As vagas na Câmara são divididas por estados e Distrito Federal, indo de 8 a 70, de acordo com o número de habitantes de cada local.
Na Câmara, em casos de vacância ou licença dos titulares, os suplentes, que são os deputados não eleitos por cada Partido ou coligação, assumem o mandato.

O deputado federal pode propor leis e sugerir a alteração ou revogação das já existentes. As propostas são votadas em Plenário, sendo, às vezes, necessária a criação de comissões especiais para discutir questões.
Os congressistas devem fiscalizar as ações do Governo Federal, para tanto, elegem dois parlamentares para integrar o Conselho da República, órgão superior de consulta do presidente.

Os deputados federais podem convocar ministros para prestar informações e julgam as concessões de emissoras de rádio e televisão e estabelecem a renovação dos contratos.
Todo projeto do Executivo, antes de seguir ao Senado, passa pelo Parlamento que, além de discutir e votar medidas provisórias editadas pelo Governo do Brasil, vota o orçamento da União e fiscaliza a aplicação adequada dos recursos públicos.

Durante a análise da proposta orçamentária, os parlamentares apresentaram emendas que têm como objetivo destinar verbas para a realização de obras nos estados.
Os parlamentares não podem ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Além disso, conforme a Constituição, os congressistas são invioláveis por suas opiniões, palavras e votos.

Com foro privilegiado, os processos contra deputados federais só podem ser julgados no Supremo Tribunal Federal (STF) e o motivo é que assim a liberdade no exercício do mandato é assegurada.
Deputado estadual

Eles são representantes do povo e atuam na Assembleia Legislativa do estado, tendo como função propor, elaborar, emendar, aprovar e revogar (anular) as leis adequadas às normas federais e municipais.

Compete ao deputado estadual, por exemplo, criar ou modificar tributos estaduais e aprovar leis relativas ao funcionamento de instituições como o Ministério Público e a Polícia Civil, além de fiscalizar o poder executivo do estado.

Eles julgam as prestações de contas e supervisionam as ações da administração pública estadual, além de poderem abrir e conduzir processos e investigações contra o governo do estado.

Assim como os deputados federais, são eles que abrem o processo de impeachment do governador e do vice-governador.

O número de deputados na Assembleia Legislativa é calculado da seguinte forma: para os estados com até 12 deputados federais, o número de deputados estaduais deve ser o triplo. Para estados com mais de 12 deputados federais, existem 36 deputados estaduais mais um (deputado estadual) para cada cadeira a mais no Congresso.

No Distrito Federal, os deputados distritais acumulam poderes de deputado estadual e de vereador.
Eleições 2022

Este ano, serão eleitos presidente, vice-presidente, governadores, senadores, deputados federais, estaduais e distritais.

Esta será a última eleição em que o presidente e o vice-presidente, governadores e vice-governadores tomarão posse no dia 1º de janeiro.

Com a Emenda Constitucional n° 111, os eleitos devem tomar posse em 5 de janeiro de 2027, no caso da presidência da República, e em 6 de janeiro de 2027, no caso dos governos de estado.

Conclusão

As eleições presidenciais ocorrem a cada quatro anos no Brasil e podem ser decididas em um ou dois turnos. Além da corrida pela vaga no Palácio do Planalto, acontece a votação para governadores de estado, senadores, deputados federais, deputados estaduais e deputados distritais. Os cargos legislativos são decididos em um turno só.

Para saber mais sobre o tema, leia mais sobre as eleições deste ano no portal do O POVO. Se você quer saber mais sobre quem concorre às eleições para presidente neste ano, acesse o novo canal do Ao Vivo O POVO!


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