Secretária do governo Bolsonaro é denunciada por assédio eleitoral contra eleitores de Lula

Servidores do Ministério da Cidadania denunciaram a secretária Luciana Siqueira Lira de Miranda por assédio moral contra os funcionários que votaram no presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

Luciana Siqueira Lira de Miranda, secretária de Atenção à Primeira Infância, foi denunciada pelos servidores do Ministério da Cidadania por assédio moral contra funcionários que votaram em Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT que venceu o segundo turno das eleições de 2022 para a Presidência da República.

Ela encaminhou mensagens com críticas aos eleitores de Lula (PT) e disse que quem votou no candidato do PT contribuiu "para que nosso trabalho desça pelo ralo".

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“Quem votou no PT, olha aí? Já começaram bem! Que Deus tenha misericórdia dessa nação! E vcs [sic] queridos, orem, porque essa secretaria acabou! Quem votou no PT, obrigada por contribuir para que nosso trabalho desça pelo ralo! Espero que comam muita picanha!!!!! E quando forem roubados novamente façam o ‘L’!”, escreveu a secretária.

No dia 31 de outubro, dia seguinte à vitória a Lula no segundo turno, Luciana convocou a equipe para uma reunião e disse que quem não votou no candidato a reeleição, Jair Bolsonaro (PL), pagará "pela Justiça divina", também afirmou que irá infernizar todos os dias da próxima gestão.

Luciana ainda "reclamou da falta de lealdade de alguns da equipe, equiparou a traição de Judas e disse que quem vota em quem rouba não está com Deus" e que "vai infernizar todos os dias da próxima gestão e que o inferno não vai vencer o céu", de acordo com documento com a denúncia, divulgado pelo canal de TV por assinatura Globonews.

A secretária disse "saber exatamente quem não votou no presidente, que essas pessoas pagarão pela justiça divina, que Deus punirá a cada um que não souber ser fiel (...) A secretária reclamou da falta de lealdade de alguns da equipe, equiparou a traição de Judas e disse que quem vota em quem rouba não está com Deus. E disse a todos que vai infernizar todos os dias da próxima gestão e que o inferno não vai vencer o céu", conforme o documento.

Além disso, ainda no domingo, 30, Luciana também criticou quem votava em Lula (PT) em uma mensagem enviada no grupo institucional da secretaria logo após a confirmação da derrota de Jair Bolsonaro (PL) na disputa pela Presidência da República.

Os servidores denunciaram Luciana à Ouvidoria do Ministério da Cidadania, ao Ministério Público Federal (MPF) e à Controladoria-Geral da União (CGU). O Ministério da Cidadania informou que irá apurar o caso e que "a investigação contará com a participação da Corregedoria e da Comissão de Ética Pública do órgão".

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