Barroso é escoltado após ser hostilizado por bolsonaristas em Santa Catarina

Ministro jantava com amigos em um restaurante quando foi identificado por um grupo de bolsonaristas que participavam dos bloqueios em rodovias

18:19 | Nov. 04, 2022

Por: Marcelo Teixeira
Ministro Luís Roberto Barroso jantava com amigos quando foi reconhecido por bolsonaristas (foto: Reprodução/Twitter)

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), jantava com amigos em um restaurante em Porto Belo, Santa Catarina, quando foi reconhecido por bolsonaristas e começou a ser alvo de ataques verbais dos manifestantes que participavam dos bloqueios antidemocráticos de estradas e rodovias.

O episódio ocorreu nesta quinta-feira, 3, e o ministro decidiu sair do local assim que começaram os xingamentos. Para tanto, foi necessário acionar forças de segurança para escoltar Barroso e acalmar o grupo.

Veja o vídeo:

O ministro Luís Roberto Barroso, do STF, jantava com amigos em um restaurante em Porto Belo, Santa Catarina, quando foi reconhecido por bolsonaristas e começou a ser alvo de ataques verbais dos manifestantes que participavam dos bloqueios antidemocráticos de estradas e rodovias. pic.twitter.com/jx8xZ1k655

— Jogo Político (@jogopolitico) November 4, 2022

Conforme nota divulgada pelo Supremo, a situação ameaçou “fugir ao controle e tornar-se violenta”. Os seguranças do ministro ainda cogitaram chamar a Polícia Militar, no entanto, Barroso optou por sair do ambiente a fim de evitar incômodos aos vizinhos.

“O ministro sequer chegou a ver os manifestantes e não houve proximidade física ou agressão. Tampouco houve qualquer registro de dano patrimonial nos locais, que seja de conhecimento do ministro”, diz o comunicado.

No entanto, alguns manifestantes começaram a chamar outras pessoas para se concentrarem ao redor da casa onde o ministro estava hospedado.

Segundo a nota, a ação acabou “fazendo ruído perturbador para toda a vizinhança e paralisando a circulação nas ruas adjacentes”.

Ainda na nota, a equipe do ministro ressaltou a legitimidade de manifestações pacíficas, mas destacou também a importância do respeito ao resultado das urnas.

“O desrespeito às instituições e às pessoas, assim como as ameaças de violência, não fazem bem a nenhuma causa e atrasam o país, que precisa de ordem e paz para progredir”, finaliza.