Policiais batem continência para grupos golpistas em São Paulo

Corregedoria vai investigar ação dos militares durante os atos antidemocráticos

15:59 | Nov. 02, 2022

Por: Israel Gomes
Policiais batem continência para grupos golpistas no interior de São Paulo. (foto: Reprodução/Twitter)

A Corregedoria de Segurança Pública do Estado de São Paulo foi acionada para investigar quatro policiais militares rodoviários que foram flagrados em vídeo batendo continência para grupos golpistas, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL). Em atos antidemocráticos, os bolsonaristas protestam contra os resultados das urnas que elegeram Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com mais de 60 milhões de votos.

A ação dos agentes, que foi gravada, circula nas redes sociais. O caso ocorreu na última terça-feira, 1º, em Franca, que fica a 343 quilômetros de São Paulo, onde bolsonaristas bloquearam a rodovia Cândido Portinari.

Vídeo que circula nas redes sociais mostra quatro policias militares rodoviários batendo continência para grupos golpistas em Franca, no interior de São Paulo.

Mais informações em: https://t.co/W5elIX5sVm

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— Jogo Político (@jogopolitico) November 2, 2022

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) do Estado informou, por meio de nota enviada à Folha de S. Paulo, que "tão logo tomou conhecimento dos fatos", acionou a Corregedoria da instituição "para apuração e providência referentes ao caso".

Nas imagens que circulam nas redes sociais, os quatro policiais batem continência enquanto são festejados com gritos e aplausos pelos grupos golpistas. Eles se mantêm na posição por alguns segundos, como se estivessem posando para foto, enquanto um homem fala ao fundo: "É disso que estou falando, é disso!".

Conforme a Folha, os agentes estão lotados na 4ª Companhia do 3º Batalhão de Polícia Rodoviária, mas a identificação de nenhum deles foi divulgada. Após bater continência para os bolsonaristas, os policiais vão em rumo aos integrantes dos atos antidemocráticos, enquanto um deles faz sinal afirmativo com as duas mãos.

Na cidade em que ocorreu o episódio, o atual chefe do Executivo recebeu 119.713 votos, o que representa 63,8% da preferência do eleitorado. O presidente eleito ficou com 36,1%, ou seja, 67.686 sufrágios, conforme dados oficiais do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).