Bolsonaro diz que atos em rodovias são "fruto de indignação", mas critica bloqueios
O chefe do Planalto disse ser bem vindas manifestações pacíficas, mas criticou as ações praticadas por seus apoiadores que usassem "métodos de esquerda"O presidente Jair Bolsonaro (PL) rompeu o silêncio nesta terça-feira, 1º, após mais de 44 horas desde que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou o resultado das eleições 2022. O mandatário avaliou que os movimentos golpistas de apoiadores no bloqueio de estradas "são fruto de indignação". No entanto, o chefe do Planalto criticou as ações praticados por seus seguidores que seguissem "métodos de esquerda".
"Os atuais movimentos populares são frutos de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral. As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedades", disse o presidente, durante coletiva breve no Palácio do Planalto.
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Na última segunda-feira, 31 de outubro, os caminhoneiros realizaram o bloqueio de várias rodovias pelo Brasil. Os atos são realizados por grupos golpistas que protestam contra resultado da eleição, que deu vitória a Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
No dia 1º de novembro, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorizou o uso das polícias militares na desobstrução das rodovias estaduais e federais. O magistrado também autorizou a corporação a identificar os caminhões utilizados no bloqueio das estradas e aplicar multa de R$ 100 mil por hora e prisão em flagrante.
Nesta terça, representantes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) realizaram uma coletiva de imprensa, nesta terça-feira, 1º de novembro, para negar a omissão contra os atos realizados. Segundo o diretor de operações, Inspetor Djairlon, a corporação montou um gabinete de crise para agir rapidamente contra as ocupações de rodovias, o que possibilitou, segundo o militar, a desobstrução de 306 vias interditadas atéas 12 horas desta terça.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) condenou os bloqueios realizados em rodovias pelo Brasil por caminhoneiros após a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno. Para o órgão, as ações em estradas são "inaceitáveis".