Agentes da PRF criticam silêncio de Bolsonaro e pedem "postura firme" da direção

Bolsonaristas bloqueiam ruas por não aceitarem o resultado das urnas que definiu Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente

A Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF) e os Sindicatos dos Policiais Rodoviários Federais de todo o Brasil criticaram nesta terça-feira, 1º, o silêncio do presidente Jair Bolsonaro (PL) em não reconhecer sua derrota na eleição presidencial. Segundo as entidades, a ação do presidente estimula seus apoiadores a bloquearem as estradas brasileiras. 

Os agentes reafirmaram o compromisso com o Estado Democrático de Direito e disseram que o resultado das eleições de 2022 expressa a vontade da maioria da população e deve ser respeitado. "A postura do atual presidente da República, Jair Bolsonaro, em manter o silêncio e não reconhecer o resultado das urnas acaba dificultando a pacificação do país, estimulando uma parte de seus seguidores a adotarem ações de bloqueios nas estradas brasileiras", escrevem por meio de nota.

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Segundo as entidades, os policiais rodoviários seguem "trabalhando diuturnamente para o restabelecimento do direito de ir e vir da população". No entanto, elas ressaltam que é responsabilidade do Departamento de Polícia Rodoviária Federal gerenciar a organização do efetivo necessário para dar cumprimento à desobstrução das rodovias federais.

"O sistema sindical dos PRFs segue cobrando uma postura firme da direção do DPRF, para prover os meios necessários para que a corporação cumpra suas funções constitucionais, garantindo assim o direito de ir e vir da população e resguardando a segurança e integridade dos policiais", pontuaram no texto. 

Ontem, a FenaPRF reconheceu o resultado das eleições que definiram Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente do Brasil pelos próximos quatro anos. A entidade desejou ainda "sucesso" para a gestão do petista e a esperança de uma transição tranquila. "A deseja e espera que o processo de transição ocorra naturalmente, como deve ser, e que seja priorizado o diálogo, a transparência, a isenção, a tolerância e a paz, fundamentais para a nossa democracia", afirmou a entidade.

Os bolsonaristas entram no segundo dia de bloqueio de estradas brasileiras, por não aceitarem o resultados das urnas que definiu Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como chefe do Executivo para os próximos anos. O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, determinou na segunda-feira, 31, que a PRF encerre todos os bloqueios em rodovias federais.

O ministro, em seu despacho, ordena que a PRF e as Polícias Militares atuem em conjunto para liberar as vias públicas bloqueadas e desmobilizar os manifestantes. As corporações também devem identificar todos os caminhões envolvidos nas barricadas para que a Justiça possa multar os proprietários em até R$ 100 mil por hora caso haja resistência a cumprimento da decisão judicial.

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