Bolsonaro prepara teor de discurso, mas não tem previsão de quando falará
Presidente não deve contestar resultado da eleição, mas poderá fazer críticas ao TSEA Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República informou que não há previsão de Jair Bolsonaro (PL) se pronunciar nesta segunda, 31, sobre a derrota na eleição. O presidente está em silêncio após o resultado das urnas confirmar a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), há mais de 23 horas.
A reportagem apurou que Bolsonaro disse a ministros que não vai contestar o resultado da eleição, mas pode fazer críticas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Apesar de não haver previsão de pronunciamento, não se descarta a possibilidade de Bolsonaro mudar de ideia e resolver falar hoje.
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Neste momento, o presidente está no Palácio da Alvorada. Mais cedo, ministros próximos a Bolsonaro se reuniram com ele no Planalto. De acordo com fontes, estiveram presentes Ciro Nogueira (Casa Civil), Fábio Faria (Comunicações), Paulo Guedes (Economia) e Carlos França (Relações Exteriores), além da presidente da Caixa, Daniella Marques.
Nessa reunião, os ministros redigiram um discurso para o presidente, que ainda não se pronunciou sobre a vitória do seu oponente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em seguida, foram ao gabinete de Bolsonaro apresentar o texto.
Elefante
De acordo com fontes, no encontro prévio com os colegas, o ministro Paulo Guedes disse que "tiraram um elefante das minhas costas", em referência ao fato de o atual governo terminar no fim do ano.
Bolsonaro saiu cedo do Palácio da Alvorada e se dirigiu ao Planalto. Geralmente cheia de seguidores, a portaria da residência oficial estava vazia na manha desta segunda-feira, 31. Bolsonaro recebeu a visita do filho mais velho, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), por volta das 7h40min. O parlamentar chegou ao Palácio da Alvorada, em Brasília, dirigindo seu carro. O coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, ajudante de ordens do presidente, também chegou cedo à residência oficial.
Segundo aliados, o presidente ainda se recusa a falar sobre sua atuação política durante a gestão do petista Lula. Com 58,2 milhões de voto, Bolsonaro poderia assumir a oposição do novo presidente, mas, por enquanto, não quer tratar do tema.
Na noite de domingo, 30, Bolsonaro se recusou a receber aliados e se isolou no Palácio da Alvorada após a derrota. De acordo com fontes, ao menos três ministros e dois deputados que foram à residência oficial não conseguiram ser recebidos pelo chefe do Executivo. Um deles foi o titular da pasta de Minas e Energia, Adolfo Sachsida.
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