Flávio Dino diz que não houve convite de Lula para ministério, mas se diz aberto para o cargo
O ex-governador do Maranhão disse que quer ajudar Lula seja no Senado ou no GovernoApontado como um possível nome para o Ministério da Justiça em 2022, o senador eleito Flávio Dino (PSD) disse não ter recebido convite para integrar o governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No entanto, o ex-governador do Maranhão disse estar aberto para assumir a pasta e "ajudar o Brasil". O político participou nesta segunda-feira, 31, do Debates do Povo, da Rádio O POVO CBN.
Dino, que foi juiz por muitos anos, é um dos cotado na lista de possíveis ministros, após a vitória de Lula no domingo, 30. O também senador eleito, Camilo Santana (PT), é apontado para assumir a pasta da Educação. O ex-governador do Maranhão ressaltou que não tinha pretensões de ser ministro, sendo suas prioridades do primeiro turno sua eleição e de Calos Brandão (PSB), reeleito governador do Maranhão. No segundo turno, ele aponta a eleição de Lula como "missão".
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No entanto, Dino não descartou aceitar o cargo, caso haja um convite."Lula ganhou ontem, eu nem falei com ele ainda. Cada dia com sua agonia. Vamos esperar mais para frente e ver. Dizem por ai. Eu esto muito bem de representar o Maranhão no Senado e ajudar lá. Se ficar no Senado ótimo, se tiver convite para o governo ótimo também. Vou ajudar o Lula e o Brasil. Ou no Senado ou no Governo, seja lá onde for. Mas não teve nada não, eu só sei o que vocês sabem", disse o senador eleito.
O ex-governador comentou também sua expectativa que o governo de Lula consiga unificar o País. "O País está cansado, tá exaurido, de confrontação, ele (o Brasil) não consegue sair disso pelo extremismo de direita. Nós acabamos a eleição ontem e qual foi a sensação? Alívio. E o que eles estão fazendo hoje? Estão bloqueando todas as estadas do país. Um desrespeito", afirmou citando o bloqueio de rodovias mobilizado por caminhoneiros apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado nesse segundo turno.
Em sua visão, Lula vai dialogar com partidos do centrão, especialmente aqueles com uma "demanda social", citando Geraldo Alckimin (PSB), vice de Lula, e a senadora Simone Tebet(MDB), que apoiou publicamente o petista no segundo turno. "Há uma demanda social de um centrismo porém com a marca da seriedade. Acho que há mercado eleitoral para isso. Tem por onde construir. Eu sou torcedor do centro político, porque a esquerda precisa. É uma dança de forró. A esquerda só consegue impulsionar o Brasil para frente quando tem ao seu lado um centro político mais consistente", avaliou ele.
Esse dialogo deve se estender, segundo ele, à política externa brasileira. "O Lula é um especialista, ele exerce um papel por um lado mobilizador da sociedade de muita sinergia, de muita simpatia e carisma e por outro lado ele exerce a diplomacia", disse. Desde a eleição no domingo, o presidente eleito já esteve em contato com três chefes de Estado
O presidente da Argentina, Alberto Fernández, veio ao Brasil e se reuniu com Lula em encontro. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e presidente da França, Emmanuel Macron, conversaram por telefone com o presidente eleito.