Eleições 2022: abstenção no 2º turno foi menor do que no 1º

Nas disputas eleitorais anteriores, o 2º turno sempre registrou maior número de abstenção comparado ao 1º turno

22:11 | Out. 30, 2022

Por: Ana Flávia Marques
Eleitores irão às urnas daqui a seis meses (foto: Antonio Augusto/Ascom/TSE)

Pela primeira vez, a abstenção no 2º turno das eleições presidenciais foi menor do que no 1º, totalizando 20,58% com 99,99% das urnas apuradas. No primeiro turno, o índice de abstenção foi de 20,95%.

Em todas as eleições anteriores, o 2º turno obteve um crescimento no número de abstenções, mas pela primeira vez a disputa eleitoral teve o feito inédito de reduzir esse índice.

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito Presidente do Brasil com 50,90% dos votos neste domingo, 30, e derrotou o oponente Jair Messias Bolsonaro (PL), que recebeu 49,10%. A porcentagem de votos nulos foi de 3,16% e a de votos brancos foi de 1,43%.

O Piauí foi o estado onde Lula recebeu a maior porcentagem de votos, totalizando 76,82%. Já Roraima foi o estado em que Bolsonaro conseguiu a maior vantagem contra o adversário, com 76,22%.

Eleições 2022: os desafios na relação do próximo presidente com o Congresso

A eleição transformou o Congresso Nacional no mais conservador da história do período democrático do País, considerando o resultado obtido nos principais colégios eleitorais.

Os partidos de direita, com predomínio das legendas do Centrão, conquistaram a maioria das cadeiras da Câmara e do Senado em disputa.

O Congresso teve uma renovação efetiva de apenas 8% de suas cadeiras nas eleições. O resultado das urnas mostrou que a maioria dos deputados e senadores eleitos já ocupou mandatos, cargos de alto escalão do governo ou é herdeira de tradicionais famílias da política.

Sem contar essas situações, sobram apenas 39 deputados sem vínculo político que tomarão posse em 2023. No Senado, só um senador eleito nunca ocupou antes um cargo público.

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