Cid, Izolda, Camilo e Elmano comandam carreata pró-Lula em Sobral
Ex-candidato a presidente Ciro Gomes não compareceu ao ato, que ocorre na reta final da campanha do 2º turno
20:10 | Out. 27, 2022
A três dias do 2º turno das eleições, a governadora Izolda Cela (sem partido), o senador Cid Gomes (PDT), o governador eleito Elmano de Freitas (PT) e o senador eleito Camilo Santana (PT) lideraram uma carreata em apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Sobral, na noite desta quinta-feira, 27.
O ato também contou com a participação do prefeito Ivo Gomes (PDT) e da deputada estadual eleita Lia Gomes (PDT), irmãos do ex-candidato a presidente Ciro Gomes (PDT), que não foi visto no evento. Ciro anunciou que iria seguir a decisão do diretório nacional do PDT de apoiar Lula na disputa contra Jair Bolsonaro (PL), mas se mantém ausente da campanha desde o começo do 2º turno.
A carreata foi anunciada por Ivo na última quinta-feira, 20, após reunião de Cid com parte da bancada pedetista da Câmara federal e da Assembleia Legislativa. No encontro, deputados eleitos, reeleitos e não eleitos formalizaram apoio à candidatura de Lula.
Cid afirmou, no dia 10 de outubro, que não sossegaria até que cada filiado do PDT cearense estivesse engajado na campanha de Lula. Contudo, o próprio presidente do partido no Ceará, deputado federal André Figueiredo, não participou de nenhuma das reuniões internas organizadas por Cid.
O dirigente declarou apoio a Lula em ato realizado na sede do partido, em Fortaleza, na última terça-feira, 25. Cid não estava presente. O evento lançou o movimento "Sou Ciro e RC e tô com Lula", encabeçado pelo próprio Figueiredo.
O deputado se distanciou de Cid desde o 1º turno das eleições para o Governo do Estado, quando o senador optou pela neutralidade, deixando de apoiar o candidato do partido ao Abolição, o ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio.
A falta de apoio também desagradou a Ciro Gomes, principal fiador da candidatura de RC na disputa estadual. Ivo também ficou de fora da campanha do pedetista. No dia 2 de outubro, após votar, Ciro comentou o clima de divisão familiar: "Isso vai sangrar até o último dos meus dias".
Questionado sobre a fala do irmão, Cid disse que se ausentou da campanha em respeito a Ciro. "Na política, o que eu podia fazer para respeitar a decisão do Ciro, eu fiz, que foi exatamente me ausentar no primeiro turno, em relação ao Governo do Estado, em respeito à decisão dele", afirmou o senador.
Cid e Ivo defendiam que a governadora Izolda Cela concorresse à reeleição. Ciro, por outro lado, queria o ex-prefeito como candidato para fortalecer sua candidatura presidencial no Ceará.
A escolha de RC pelo diretório pedetista, além de colocar os irmãos em lados opostos, também originou o rompimento da aliança entre PT e PDT, que governava o Ceará desde 2006. Assim como Cid e Ivo, os petistas também defendiam que Izolda fosse lançada candidata.
Com informações de Samuel Carvalho