Médico coage paciente a votar em Bolsonaro após trabalho de parto; veja vídeo
Obstetra filmou o momento e constrangeu mulher que ainda se recuperava da operaçãoUm médico obstetra, identificado como Allan Henrique Fernandes Rendeiro, filmou o momento em que intimidou uma paciente após o parto, na Maternidade do Povo, em Belém (PA). O vídeo, que foi divulgado nas redes sociais no último sábado, 22, mostra o médico coagindo os pais da criança a votarem no candidato Jair Bolsonaro (PL). O Conselho Regional de Medicina do Estado do Pará (CRM-PA) investigará a conduta.
Veja o vídeo:
Um médico obstetra, identificado como Allan Henrique Fernandes Rendeiro, filmou momento em que intimidou paciente após o parto, na Maternidade do Povo, em Belém (PA). O vídeo,divulgado nas redes sociais, mostra o médico coagindo os pais da criança a votar em Jair Bolsonaro (PL). pic.twitter.com/cmg5mAOx2O
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Na gravação, o obstetra filma o recém-nascido e diz que a criança já nasceu “vinte e dois” - em referência ao número do candidato - e votará em Bolsonaro.
Depois disso, Rendeiro mostra o pai da criança, que veste uma roupa vermelha, oferecida aos acompanhantes pelo hospital. O médico então afirma que o homem votará no candidato Lula (PT) e chama o pai de “doido”.
“Para diferenciar o pai, eles colocam uma roupa vermelha. O doido não veio dizer que vai votar no Lula? Eu disse ‘Rapaz, tu quer que eu já vá embora e nem opere ela?’”, disse.
O obstetra também filma a mãe do bebê, que ainda se recupera do procedimento, e questiona a mulher sobre o voto no segundo turno. Com uma expressão constrangida, ela olha para o lado contrário da câmera.
“Essa daqui é a mamãe do Gael. Dia 30, ela vota? 22. Diga. Eu vou mandar para o Bolsonaro esse vídeo. Ele está agora em uma live especial", falou.
O vídeo foi publicado pelo médico nas redes sociais, mas removido após a repercussão negativa.
A deputada estadual eleita Lívia Duarte (Psol), de Belém, oficializou pedido de investigação do médico ao Conselho Regional de Medicina por assédio eleitoral. Pelo Twitter, a parlamentar afirmou que o profissional ameaçou diretamente a integridade da paciente.