"PT foi muito cruel com o Ciro", diz irmã do pedetista

Para a deputada estadual eleita, o "amor de família" prevalece, mas "as feridas estão abertas"

Deputada estadual eleita, Lia Ferreira Gomes (PDT) afirmou que acredita na reconstrução da relação entre os irmãos Cid e Ciro Gomes, do PDT, senador e ex-ministro, respectivamente. Ela esteve na sede do PDT, no bairro Meireles, para evento com nome "Movimento Sou Ciro e RC - Tô com Lula", ao final da tarde desta terça-feira, 25.

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Conforme Lia disse, "a gente tem de respeitar o momento do Ciro". Ela seguiu: "Foi uma eleição muito dura. O PT foi muito cruel com o Ciro. Não respeitou um adversário de longas datas, que sempre apoiou o Lula, pregou um voto útil, esmagou, pressionou o eleitor do Ciro. Comparou a figura do Ciro ao Bolsonaro. Foi uma campanha muito rasteira. A gente tem que dar um tempo. As feridas... No meu caso, eu sinto tudo isso que se faz. O Ciro, além de eu ser irmã, eu me identifico muito politicamente. As feridas estão abertas."

No encontro, pedetistas exaltaram a figura de Leonel Brizola e enfatizaram que, apesar das discordâncias com o PT, as circunstâncias demandam um voto em Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que enfrenta Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno da eleição presidencial.

"Com certeza", disse Lia sobre a possibilidade de Ciro e Cid Gomes retomarem a proximidade, pessoal e política. "Nós somos família, a gente... É dar um tempo, né? Deixar as coisas se acalmarem. Já tivemos (divergências) em outras campanhas passadas, não sei se você lembra, o Ciro apoiou a Patrícia Saboya para prefeita de Fortaleza (com Cid ao lado de Luizianne). (...) O amor de família tem que prevalecer." 

Candidato derrotado à Presidência, Ciro afirmou ao longo da campanha deste ano, que foi traído por antigos aliados no Ceará e que as feridas estariam abertas até o dia de sua morte. Com o passar dos dias, ficou evidente que os comentários também alcançavam Cid e Ivo Gomes (PDT), atual prefeito de Sobral. Eles não apoiaram o candidato do PDT ao Palácio da Abolição, Roberto Cláudio.

Ao retornar de período de reclusão autoimposta, Cid explicou que a posição de neutralidade entre RC e Elmano de Freitas (PT) se deu em razão do entendimento de que ele seria o encarregado de restabelecer os laços entre PDT e PT num eventual segundo turno contra Capitão Wagner (União Brasil), o que não aconteceu.

Cid também afirmou que o distanciamento foi o meio encontrado de respeitar a direção dada por Ciro, de apoiar Roberto Cláudio, ainda que isso significasse o fim da aliança com o PT.

Ciro Gomes evita detalhar o assunto do fim da aliança entre PT e PDT, precisamente no ponto em que envolve a cisão entre ele e Cid Gomes, sob alegação de que são questões familiares.

Colaborou Mariana Lopes/especial para O POVO

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