Deputado que falou em "ganhar na bala" nega vínculo de Bolsonaro e Jefferson: "Somos democratas"
Delegado Cavalcante reagiu a petista que associou Bolsonaro a atitude de Roberto Jefferson, que feriu policiais federais a tiros e lançou granadas contra elesO deputado estadual Delegado Cavalcante (PL) rejeitou ligação entre Roberto Jefferson e o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), embora existam registros dos dois juntos em vários momentos. Cavalcante, que concorreu a deputado federal e ficou na suplência, reagiu a fala do deputado estadual Acrísio Sena (PT). "Foi um ato terrorista do ex-deputado e aliado do presidente Bolsonaro", disse o petista nesta terça-feira, 25, na sessão da Assembleia Legislativa, durante o tempo das explicações pessoais.
Jefferson recebeu policiais federais com balas de fuzil e três granadas, no último domingo, 23. Eles iriam cumprir a ordem de prisão do ministro Alexandre de Moares, do Supremo Tribuna Federal (STF). O ex-deputado federal tinha comparado a ministra Carmen Lúcia a "prostitutas", "vagabundas" e "arrombadas".
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"Não nos vincule a esse tipo de atitude. Nós somos democratas. Vocês (petistas) é que querem aplicar um golpe no Brasil", reagiu Cavalcante. O deputado é o mesmo que, durante ato de 7 de setembro, na Praça Portugal, afirmou: "Se a gente não ganhar nas urnas, se eles roubarem nas urnas, nos vamos ganhar na bala."
Após dizer que Bolsonaro e Jefferson não têm ligação, Cavalcante afirmou algo na direção contrária, ao ressaltar que não apenas Bolsonaro repudiou o ataque como mandou a Polícia Federal para prendê-lo. “Quero ver se o Lula teria coragem de fazer isso com um parceiro dele”.
Até o começo deste ano, Cavalcante era filiado e presidente estadual do PTB. Ele deixou o comando da legenda em meio a divergências com Jefferson. O deputado disse não ter condições de permanecer em um partido cujo novo presidente foi preso na operação Lava Jato.