Roberto Jefferson se entrega à Justiça, após ferir policiais
Ex-deputado federal atirou e jogou uma granada em dois policiais federais que cumpriam ordem de prisão expedida pela Justiça
19:15 | Out. 23, 2022
O ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB) foi preso em flagrante após ter atirado em dois policiais federais neste domingo, 23, na cidade de Comendador Levy Gasparian (RJ). Ele estava esperando o ministro da Justiça Anderson Torres, enviado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), para se entregar.
Os policiais estavam cumprindo ordem de prisão expedida pela Justiça depois de o dirigente petebista fazer ataques ao processo eleitoral e à ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia. Ele comparou a ministra a "prostitutas", "vagabundas" e "arrombadas" na internet.
Pela ordem de prisão domiciliar, ele estaria proibido de usar as redes sociais e também de receber visitas e passar orientações a dirigentes do PTB, conceder entrevistas ou compartilhar mentiras sobre a segurança e confiabilidade do STF. Pelo descumprimento dessas medidas, o ministro do STF Alexandre de Moraes ordenou que ele fosse levado de volta para a prisão.
Em nota à imprensa, a PF informou que Jefferson "reagiu à ordem de prisão anunciada pelos policiais federais" e, na ação, o delegado Marcelo Vilella e a policial Karina Lino de Miranda "foram feridos por estilhaços de granada arremessada pelo alvo e levados imediatamente ao pronto socorro. Após o atendimento médico, ambos foram liberados e passam bem", afirma.
A prisão em flagrante foi possível após o ministro Alexandre de Moraes revogar a decisão da prisão domiciliar e ordenar, em despacho, a prisão do ex-deputado. Ele também autorizou a busca e apreensão na residência do Roberto Jefferson e proibir o político de dar qualquer tipo de entrevista.
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