Missias diz que pastor foi expulso de igreja após declarar voto nele e no PT

Deputado estadual comentou sobre a influência das religiões dentro da política, sobretudo em relação a postura de alguns evangélicos contra opositores

O deputado estadual eleito, Missias do MST (PT), afirmou nesta terça-feira, 18, que uma igreja expulsou um pastor após o religioso manifestar voto nele e em seu partido. O futuro parlamentar citou o caso ao falar sobre a influência da religião dentro da política nestas eleições.

“Eu tive um pastor que me apoiou na minha candidatura, que quando tirou foto comigo dizendo que votava no 13, a igreja demitiu ele na semana seguinte e tomou a igreja com todas as estruturas que o pastor tinha”, contou em entrevista ao programa Jogo Político nesta terça-feira, 18.

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Para ele, situações como essa são inadmissíveis. Missias diz que as pessoas não podem confundir o seu cunho religioso com posicionamento político. “As pessoas têm direito de se expressar e decidir o que é melhor, o que pensam. E a igreja não pode jamais intervir a ponto de penalizar a opinião de um pastor ou de qualquer pessoas que seja da igreja”, pontua.

O deputado considera que todos, entre padres, pastores, têm de ter a capacidade de “olhar para as pessoas, o ser humano, como pessoas que precisam sempre de uma mão amiga, um ombro amigo para ajudar, contribuir”, diz.

A influência da religião na política é evidenciada nesse segundo turno das eleições. De um lado, Jair Bolsonaro (PL) tenta se consolidar com os evangélicos enquanto Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenta conquistar a simpatia do grupo religioso.

A primeira pesquisa Datafolha feita no segundo turno dessas eleições, trouxe Lula à frente de Bolsonaro entre os eleitores católicos, enquanto o atual presidente e candidato à reeleição liderava nas intenções de votos entre os evangélicos. O petista tem 55% contra 38% do adversário no primeiro grupo. Já Bolsonaro marca o dobro do rival entre os evangélicos: 62% ante 31%.

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