Alta de assédio eleitoral mostra 'banalização do ilícito', diz procurador

O procurador-geral do Ministério Público do Trabalho (MPT), José de Lima Ramos Pereira, disse que o aumento de casos de assédio eleitoral reflete "banalização do ilícito" e aumento da polarização no País. O procurador falou com jornalistas há pouco após se reunir com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, e com o vice-procurador eleitoral Paulo Gonet.

Até esta terça-feira, o MPT recebeu 431 denúncias de assédio eleitoral no ambiente de trabalho. A região com maior número de registros é o Sul, onde o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) lidera as intenções de voto. O Estado que recebeu mais denúncias foi Minas Gerais.

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O número é maior que o dobro de 2018, quando foram registradas 212 denúncias em 98 empresas. Segundo o procurador, outra diferença neste ano é o alto número de empresas envolvidas - mais de 400.

O procurador destacou que a tendência de alta é evidente e que o número de denúncias explodiu no segundo turno - apenas 45 dos 421 registros ocorreram até 2 de outubro.

Pereira disse que a reunião com Moraes serviu para uma articulação inicial e para "saber o que está ocorrendo em cada instituição".

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