No Complexo do Alemão, Lula promete comitês para discutir políticas públicas para as favelas

Petistas esteve em ato ao lado de lideranças locais e políticos do Estado

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) intensificou a busca pelo voto carioca ao realizar caminhada pelas ruas do Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio de Janeiro, na última quarta-feira, 12. Recebido ao gritos de "uh papai chegou", o petista prometeu a criação de comitês para que moradores das comunidades possam fortalecer a discussão de políticas públicas para as favelas.

O candidato do PT esteve ao lado de políticos como o deputado federal Marcelo freixo (PSB), o prefeito da Capital, Eduardo Paes (PSD), além de lideranças locais. Ele conversou com porta-vozes das comunidades, percorreu as ruas da região e finalizou o ato com comício, ao lado de apoiadores, discursando em um carro de som.

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“A gente vai criar um Ministério da Igualdade Racial e vai criar comitês também para que o povo das favelas possa ajudar a decidir o que o governo vai fazer”, disse o petista.

O candidato do PT à Presidência afirmou que a Polícia não é responsável por resolver os problemas da comunidade, mas que cabe aos governos realizar ações para melhorar a vida dos moradores da periferia.

"Temos que acabar com essa história de que o Estado só aparece na comunidade com a polícia. Antes de vir a polícia, tem que vir a saúde, a cultura, a educação", disse o presidenciável, conforme matéria publicada pela Folha de S. Paulo.

Antes de iniciar os trabalhos no Complexo, o petista participou de encontro com a Organização não-governamental (ONG) 'Voz das Comunidades'. Lula recebeu um 'Plano Popular do Complexo do Alemão', documento redigido por 18 líderes comunitários, com proposições para problemas da região, principalmente nas áreas da saúde e segurança pública.

"O problema das comunidades mais pobres do Brasil é que o Estado só aparece quando tem um problema para resolver, achando que a polícia é a solução. Quando na verdade a solução é a presença do Estado no cotidiano. O Estado tem que estar na educação, tem que estar na saúde, tem que estar na cultura, tem que estar no lazer, na coleta de esgoto, no tratamento de esgoto, tem que estar presente 24 horas por dia", defendeu o ex-presidente.

Durante o ato, Lula voltou a criticar seu adversário no segundo turno das eleições de 2022, o atual chefe do Executivo, Jair Bolsonaro (PL). O petista comentou as recentes declarações do seu oponente, que associou a vitória petista na região Nordeste ao analfabetismo.

"Outro dia o Bozo disse que eu ganhei as eleições no Nordeste porque o povo é ignorante”, destacou. “Esse cidadão não tem noção do que é o povo nordestino. E não tem noção do que é o próprio povo carioca porque a vida dele sempre foi ligada aos milicianos que mataram Marielle (Franco)”, disse.

“Tenho que pedir para qualquer pessoa que tenha sangue nordestino para não votar nesse cidadão porque ele não serve para presidir nada”, destacou, e indagou a população presente no ato se eles poderiam apresentar algum projeto de Bolsonaro para a região durante os quatro anos de governo.

“A situação do Brasil não anda boa, o país tem um presidente que conta sete mentiras por dia, ele gosta de mentir. Duvido que vocês encontrem uma obra desse presidente aqui no Complexo do Alemão, na Rocinha, em algum lugar desse estado”, afirmou.

Lula intensifica campanha no Rio para tentar diminuir a distância para Bolsonaro. No primeiro turno, o petista obteve a preferência de 40,68% do eleitorado, com 3.847.143, quase um milhão a menos que o chefe do Executivo, que teve 51,09% (4.831.246 votos).

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