Documentos apresentados por Damares não comprovam declarações sobre abuso sexual infantil, diz jornal
Para atestar denúncias feitas em culto, Damares enviou duas mil páginas de documentos referentes a antigos relatóriosOs documentos enviados por Damares Alves (Republicanos), senadora eleita pelo Distrito Federal, não comprovam a veracidade das declarações feitas sobre supostos crimes contra crianças na Ilha de Marajó (PA). As denúncias foram feitas durante um culto realizado em uma igreja evangélica em Goiânia.
Ao jornal Estadão, a assessoria de Damares enviou documentos referentes a três CPIs (Comissão Parlamentar de Inquérito) para assegurar as falas da ex-ministra. Os relatórios são referentes à CPI da Pedofilia, realizada em 2010, CPI da Assembleia Legislativa do Pará, também datada de 2010 para investigar casos de violência sexual contra crianças e adolescentes no estado, e CPI dos Maus-Tratos, realizada em 2018.
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De acordo com a reportagem, os documentos, de fato, falam sobre a existência de crimes de violência sexual no Pará e na Ilha de Marajó, assim como nos outros estados. Porém, os relatórios não comprovam a veracidade das acusações feitas pela ex-ministra no evento.
Quando questionada, a assessoria de Damares argumentou que os episódios relatados seriam antigos e depois alegou que os casos eram sigilosos.
Nesta segunda-feira, o MPF cobrou explicações à senadora eleita sobre as declarações dadas e encaminhou um ofício à Tatiana Alvarenga, secretária executiva do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, solicitando informações mais detalhadas.
A Procuradoria Geral da República (PGR) também foi acionada para investigar possível caso de prevaricação por parte da ex-ministra, caso as falas sejam verdadeiras.
Pela campanha de segundo turno do presidente Jair Bolsonaro (PL), Damares Alves cumpre agenda de caravana pelo país com a primeira-dama Michelle Bolsonaro. As duas visitam o Ceará nesta sexta-feira, 14.