MEC: Cármen aponta "possibilidade real e concreta" de envolvimento de Bolsonaro com pastores no MEC

Uma interceptação telefônica feita pela PF indica que Ribeiro chegou à suspeita que seria alvo de busca e apreensão após uma conversa com o presidente no início deste ano

O ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou, nesta quarta-feria, 3, uma decisão enviada à Polícia Federal, em que afirma que as provas apresentadas no processo que investiga suposta prática de corrupção no Ministério da Educação (MEC) durante a gestão do pastor Milton Ribeiro indicam "possibilidade real e concreta" de envolvimento do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Uma interceptação telefônica feita pela PF indica que o Ribeiro chegou à suspeita que seria alvo de busca e apreensão após uma conversa com o presidente no início deste ano. 

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Evidencia-se, nos autos, que somente após a demonstração de fatos novos, consistentes na conversa do dia 22 de junho de 2022, que confirma a conversa do dia 9 de junho de 2022, pode-se concluir pela possibilidade real e concreta de eventual participação do presidente da República em atos relacionados ao que se apura neste inquérito", escreveu a magistrada em despacho enviado à corporação, escreveu Carmén Lúcia em documento. 

A corporação suspeita da interferência e do vazamento da operação Acesso Pago, que chegou a prender Milton Ribeiro e os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura. Eles foram liberados após conseguirem habeas corpus para aguardar as investigações em liberdade.

O caso serviu de base para a decisão do juiz Renato Borelli de enviar o caso para o STF. O processo corre em segredo de Justiça. A PF apura o favorecimento de pastores na distribuição de verbas do MEC. 

No último mês, a magistrada mandou arquivar os pedidos para investigar se Bolsonaro tentou interferir no inquérito sobre o gabinete paralelo de pastores no MEC. Parlamentares de oposição acionaram o Supremo cobrando uma apuração depois que veio a público uma conversa em que o ex-ministro  admite que foi alertado pelo presidente sobre a possibilidade da Polícia Federal  abrir buscas contra ele.

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STF PF corrupção Bolsonaro

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