Vídeo em que Bolsonaro discursa em templo da Maçonaria viraliza nas redes sociais

No material, o atual presidente fala sobre seu sétimo mandato como deputado federal, o que denota que o vídeo é antigo

Circula nas redes sociais, desde as primeira horas desta terça-feira, 4, um vídeo em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) aparece discursando em um templo da maçonaria. No Twitter, o termo "Maçonaria" era o mais comentado com cerca de 262 mil publicações, a maioria com críticas ao chefe do Executivo, que se diz católico e usa preceitos cristãos em seus discursos.

Não é possível precisar a data certa que o vídeo foi feito, mas, pelas falas de Bolsonaro, a gravação seria antes de 2018. O atual presidente fala que "não é candidato a nada" e que estaria em seu sétimo mandato como deputado federal.

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Segundo o site da Câmara dos Deputados, Bolsonaro assumiu seu primeiro cargo de deputado federal em 1991, com os mandatos renovados em 1995, 1999, 2003, 200, 2011 e 2015. O último mandato de Bolsonaro na Câmara acabaria em 2018. No vídeo, o presidente também menciona uma possível candidatura em 2018, mesmo ano em que se lançou como candidato à Presidência e ganhou a eleição.

"Quando me oferecem algo, como uma possível candidatura em 2018, eu costumo dizer: 'Se é pra fazer a mesma coisa, estou fora. Se eu tiver que negociar com vocês sabem com quem é, estou fora. Nós temos que apresentar os problemas do Brasil, mais que isso, buscar as soluções'", é possível ouvir no registro.

Em outro momento, Bolsonaro comenta sobre um "fundão de financiamento público" e que o povo elegeria "os mesmos". Em 2017, o Congresso Nacional aprovou a criação do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) para compensar o fim do financiamento privado estabelecido em 2015 pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e que proibiu doações de pessoas jurídicas para campanhas políticas.

Desde então, o Fundo Eleitoral é uma das principais fontes de receita para as campanhas eleitorais. O total de recursos distribuídos é definido pela Lei Orçamentária Anual (LOA) e transferido pelo Tesouro Nacional ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Igrejas são contra

Uma das bases eleitorais de Bolsonaro, religiosos são contra a maçonaria. Em 1983, o papa João Paulo II aprovou a presente declaração que proíbe que católicos sejam associados à maçonaria. "Os seus princípios foram sempre considerados inconciliáveis com a doutrina da Igreja e por isso permanece proibida a inscrição nelas", afirma o texto. Os fiéis que pertencem às associações maçônicas estão em estado de "pecado grave", diz o texto.

A Maçonaria também não é bem vista por algumas igrejas evangélicas. O Colégio Episcopal não recomenda que membros da Igreja Metodista participem de Sociedades Secretas e de Associações Religiosas que não professem os princípios de fé aceitos pelo Metodismo Universal. "Membros da Igreja Metodista que sejam convidados/as a participar da maçonaria ou outra sociedade chamada secreta devem observar os compromissos a serem assumidos e verificar sua fundamentação bíblica, teológica e doutrinária", diz carta de 2008.

Em 2017, circulou informação que o bispo Macedo, principal nome da Igreja Universal, seria maçom. A Universal negou e disse que a ligação entre o bispo e a Maçonaria “causa danos à sua imagem e honra perante seus fiéis, diante da incompatibilidade das filosofias pregadas pela Igreja e a Maçonaria”.

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