Zema é reeleito no primeiro turno e Lula fica sem um palanque em Minas Gerais
Com a vitória em primeiro turno do governador Romeu Zema (Novo), neste domingo, com 96,34% das urnas apuradas, obtendo 56,41% dos votos válidos, frente a 34,81% de seu principal oponente, o ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kali (PSD), o ex-presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ficou sem palanque em Minas Gerais na disputa de segundo turno das eleições presidenciais com o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição.
O senador Carlos Viana (PL), apoiador de Bolsonaro, teve 7,27% dos votos. Os outros candidatos tiveram menos de 1% dos votos.
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Zema afirmou diversas vezes durante a campanha eleitoral que "nunca" apoiaria o ex-presidente num segundo turno, embora tenha se mantido distante de Bolsonaro, apoiando formalmente o candidato de seu partido, Luiz Felipe d´Àvila (Novo). Durante toda a gestão de Bolsonaro, o governador mineiro manteve-se próximo do presidente, manifestando apoio às pautas do mandatário, sobretudo as de valores.
Com 16,7 milhões de eleitores, Minas Gerais tem o segundo colégio eleitoral do País, perdendo somente para São Paulo. Desde a República Velha, os candidatos que ganham o pleito no Estado viram presidente. A única exceção foi na eleição de 1950, quando o brigadeiro Eduardo Gomes (UDN) teve mais votos do que o presidente eleito Getúlio Vargas (PTB) entre o eleitorado mineiro.
Lula teve 48% dos votos válidos no Estado, seguido de Bolsonaro com 43,84% dos votos; Simone Tebet (MDB), 4,20%; Ciro Gomes (PDT), 2,59%; Luiz Felipe d´Ávila (Novo), 0,82%; Soraia Thronicke (União), 0,37%; Padre Kelmon (PTB), 0,06%; e, finalmente, Léo Péricles (UP), 0,04%.
Neófito em política há quatro anos, quando venceu o pleito contra o petista Fernando Pimentelo, à época candidato à reeleição, e o ex-governador Antônio Anastasia (PSDB), esta é a segunda eleição disputada por Zema, que sempre havia atuado na iniciativa privada. O vice-governador eleito, Mateus Simões (Novo), é ex-vereador em Belo Horizonte e professor universitário. Simões foi secretário-geral do governo mineiro.
O governador mineiro teve o apoio de dez partidos. Além do Novo, sua coligação Minas nos Trilhos foi formada por PP, MDB, Solidariedade, Podemos, Patriota, Avante, PMN, Agir e Democracia Cristã.
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A vitória de Zema confirma a tendência das intenções de votos no Estado das últimas pesquisas. No último levantamento do Datafolha, divulgado no sábado, a indicação era de vitória de Zema, reeleito em primeiro turno.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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