Alvo da CPI, Mayra Pinheiro, a "Capitã Cloroquina", não se elege para deputada federal

Em 2021, durante a pandemia da Covid-19, a médica cearense foi convidada a prestar depoimento na CPI da Covid no Senado por defender o uso de medicamentos sem comprovação contra o novo coronavírus

A médica e ex-secretária do Ministério da Saúde Mayra Pinheiro (PL), que ficou conhecida como “Capitã Cloroquina”, conquistou 71.205 votos no Ceará. Entretanto, o número não foi suficiente para se eleger deputada federal. Ela ficou como segunda suplente na Câmara dos Deputados, atrás da vereadora Priscila Costa (PL). A cearense esteve na campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL), porém, não obteve sucesso na sua campanha, apesar do chefe do Planalto ter conseguido puxar vários nomes para o Legislativo.

Em 2021, durante a pandemia da Covid-19, Mayra foi defensora ferrenha da cloroquina e ficou conhecida por organizar uma comitiva de médicos a Manaus para promover o chamado “tratamento precoce”. O termo é usado para se referir ao coquetel de medicamentos sem eficácia comprovada contra Covid que inclui substâncias como cloroquina, azitromicina e ivermectina.

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Por este motivo, no dia 25 de maio do ano passado, a médica foi convidada a prestar depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado. Na ocasião, Mayra adotou a mesma estratégia de outro ex-ministro, o general Eduardo Pazuello, e foi ao Supremo Tribunal Federal (STF) para obter um habeas corpus preventivo e poder ficar em silêncio durante a oitiva.

Já visando as eleições, a ex-secretária de Bolsonaro anunciou sua filiação ao PL em fevereiro deste ano, mesmo partido do presidente da República. Mayra Pinheiro publicou uma foto ao lado do presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, para oficializar o novo partido. Em outra publicação, ela também chegou a aparecer ao lado do comandante da Força Nacional de Segurança Pública, coronel Antônio Aginaldo de Oliveira, que também se filiou ao PL para disputar as eleições, mas também não foi eleito. 


 

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