Quem é padre Kelmon, candidato que bateu boca com Lula em debate da Globo

Político assumiu vaga deixada por Roberto Jefferson, que foi barrado pela Justiça

Um dos concorrentes à Presidência da República chamou atenção nos últimos dias. Candidato pelo PTB após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) barrar Roberto Jefferson (PTB) na lei da ficha limpa, Padre Kelmon ganhou destaque, principalmente nas redes sociais, após participação no debate presidencial realizado pelo SBT no último sábado, 27.

No último encontro realizado entre presidenciáveis antes do primeiro turno das eleições, que ocorre neste domingo, 2, o político novamente voltou a ser citado em grande escala, após protagonizar um embate com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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Durante o terceiro bloco do debate, ao comentar pautas como religião e corrupção, Kelmon questionou se o adversário era o chefe do "maior esquema de corrupção da história mundial" e ainda o definiu como "descondenado". O petista reagiu, chamou o religioso de "candidato laranja" e acrescentou que ele tem "comportamento de um fariseu".

Em outro momento inusitado do debate, o político foi chamado de "padre de festa junina" pela candidata Soraya Thronicke (UB). A senadora ainda o questionou se ele "não tinha medo de ir para o inferno" por conta de sua conduta durante o encontro.

Quem é o Padre Kelmon?

Nascido na cidade de Acajutiba, cidade do leste do estado da Bahia, a aproximadamente 185 km de Salvador, Kelmon Luis da Silva Souza tem 45 anos.

No site de divulgação de candidaturas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o candidato declarou patrimônio de apenas R$ 8.548,13. Os bens são divididos em Caderneta de poupança, com R$ 8.229,73, Poupança, com R$ 317,40, e Quotas, no valor de R$ 1.

Kelmon seria candidato a vice na chapa de Roberto Jefferson. No entanto, ele foi elevado à disputa pela Presidência após a Justiça Eleitoral barrar a candidatura de seu antecessor, condenado por corrupção, com base na lei da ficha limpa.

Filiação ao PT e campanha de fake news contra Dilma

Kelmon foi filiado ao PT entre os anos de 2002 e 2009, durante as duas primeiras gestões do ex-presidente Lula.

Em 2010, após já ter se desfiliado do partido, o padre se envolveu em um escândalo. Em apoio à campanha de José Serra (PSDB) contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), o político participava de um esquema em que a Polícia Federal apreendeu dois milhões de panfletos com informações falsas sobre a petista.

Kelmon é padre ou não?

Com insígnias e trajes tradicionais da igreja durante os encontros, a relação do candidato com a religião tem sido alvo de polêmica. Embora se apresente com o título religioso e "sacerdote ortodoxo", a Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia no Brasil emitiu nota negando que o político seja membro de qualquer uma de "suas paróquias, comunidades, missões ou obras sociais".

O comunicado ainda acrescenta: "Não é e nem nunca foi seminarista ou membro do clero da nossa igreja em nenhum dos três graus da ordem - diácono, presbítero, padre e bispo".

A declaração da entidade ressalta que Kelmon não tem qualquer relação com instituições parceiras e, na sequência, cita igrejas correligionárias como: Copta Ortodoxa de Alexandria, Apostólica Armênia, Síria Ortodoxa Malankara, Ortodoxa ortodoxa Etíope Ortodoxa Eritreia.

Proximidade com Bolsonaro

Durante o debate desta quinta-feira, 30, na Rede Globo, Soraya disse que Kelmon age como "cabo eleitoral" do presidente Jair Bolsonaro (PL). As críticas ocorreram porque o político havia feito uma espécie de dobradinha com o Chefe do Executivo para fazer críticas ao PT e elogios a gestão do candidato do PL.

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