"É a mesma porcaria", diz vice de Tebet sobre Lula e Bolsonaro

Senadora Mara Gabrilli comentou sobre possível preferência por um dos dois nomes para disputar um eventual segundo turno nas eleições

Candidata a vice-presidente, a senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) disse estar confiante de que as próximas pesquisas de reta final trarão bons números para a sua chapa com Simone Tebet (MDB). Almejando um cenário de estar à frente de Ciro Gomes (PDT), Mara disse acreditar em chances de ir ao segundo turno das eleições. Mas não demonstrou preferência entre o ex-presidente Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL).

“Não consigo usar nem preferência para falar daqueles dois. Não tenho, tanto faz. É a mesma porcaria”, disse em entrevista ao Jogo Político na tarde desta quinta-feira, 22.

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A senadora também disse que “tudo pode acontecer” nesses últimos 10 dias até o primeiro turno das eleições, e que ela e Tebet estavam “esperançosas” com o resultado da pesquisa Datafolha divulgada na noite desta quinta-feira. 

“Não tem um segundo sequer que a gente não mire num segundo turno. É impossível você fazer uma campanha sem vislumbrar essa possibilidade. A gente está acreditando que, passando o Ciro, que nós vamos conseguir chegar sim no segundo turno”, afirmou.

O Datafolha divulgado nesta quinta-feira, no entanto, apontou que Simone Tebet permanece com os mesmos 5% das três pesquisas anteriores. Ela está tecnicamente empatada com Ciro, que tem 7%. Lula, com 47% e Bolsonaro, com 33%, se mantém na dianteira.

Mara criticou ao movimento levantado acerca da estratégia do PT pelo voto útil, na qual as candidaturas com menores percentuais não teriam chances e que melhor seria concentrar votos em Lula para derrota Bolsonaro já no primeiro turno. Para ela, isso “desrespeita” os demais candidatos.

“Além de desrespeito é um desdém aos candidatos e muita arrogância de cada um de achar que tem esse poder de acabar com a democracia, opinião das pessoas de concentrar tudo num momento só e não deixar o debate de ideias acontecer”.

Segundo ela, “pior ainda” é incitar o povo a fazer uma escolha pelo “menos pior”. “Isso eu acho muito triste, e você acaba cegando a população que é eleitora, porque assim você deixa de lado coisas tão importantes que é o passado do Lula, que é um passado que maculou o Brasil com a corrupção, algo que começou em Santo André, eu até fui vítima disso, minha família, da corrupção do PT. Isso acabou no mensalão, no petrolão”, criticou.

Por outro lado, conforme Mara, se tem um presidente que “desdenhou da pandemia, que desdenha da fome, que tira sarro das pessoas pobres, que desrespeita as mulheres, e aí todo mundo esquece disso”, diz se referindo a Bolsonaro.

Ela fala que o esquecimento gira em torno também de o Lula ter sido inocentado. “Ele teve o seu processo anulado e faz essa história de voto que eu acho que não tem nada mais inútil para o Brasil do que escolher o menos pior quando você tem outras propostas”, finalizou.

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