Wagner diz que Izolda politiza pagamento dos precatórios da educação

O candidato a governador Capitão Wagner (UB) acusou a governadora Izolda Cela (sem partido) de tentar “politizar” o pagamento dos precatórios a profissionais da educação. Nesta quinta-feira, 22, a chefe do Executivo estadual foi às redes sociais rebater críticas de Wagner sobre suposta intenção do governo em não creditar os valores integrais nas contas dos professores.

Na campanha, o candidato tem reiterado que o Governo pleiteou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a liberação de apenas 40% do montante de precatórios a que o Estado teria direito, deixando de lado os outros 60% que seriam destinados ao pagamento dos profissionais da educação.

No Twitter, Izolda classificou as declarações de Wagner como mentiras “deslavadas”. “O Governo do Estado sempre se posicionou favorável a destinar 60% do recurso para professores. Inclusive os juros deste recurso”, escreveu a governadora.

Na mesma publicação, Izolda também fez referência à disputa eleitoral pelo Palácio da Abolição, associando Wagner ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). “Candidato que mente não passará. Nem capitão lá, nem capitão cá”, finalizou.

Em nota enviada ao O POVO, Wagner alegou que o Estado pediu ao STF, no dia 19 de julho deste ano, a liberação de R$ 472 milhões dos valores do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef). O candidato critica o fato de o Governo não ter solicitado o desbloqueio total dos recursos.

Segundo ele, a Procuradoria-Geral do Estado pleiteou a liberação da outra parte dos precatórios somente no dia 12 de setembro, após as críticas feitas por ele durante a campanha.

Leia a nota na íntegra

“A Questão dos Precatórios

Com todo o respeito à Governadora Izolda Cela, mas é no mínimo inoportuna a sua tentativa de politizar essa questão dos professores numa reta final de campanha eleitoral. Mas vamos aos fatos. Apenas fatos.

1) Ao Estado do Ceará é devido 1 bilhão 182 milhões de precatório do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef);

2) Dia 19 de julho deste ano, o Governo do Estado requereu ao STF apenas 40% (R$ 472 milhões) do recurso, quando poderia ter solicitado o valor integral;

3) Apenas dia 12 de setembro - após nós firmarmos publicamente o compromisso de pagar os 60% restantes desse valor em janeiro de 2023 - o Governo Estadual "lembrou" de requerer ao STF, por meio da Procuradoria Geral do Estado, o depósito do valor restante.

De toda forma, ficamos felizes por já estar contribuindo com a valorização e respeito aos professores cearenses, mesmo na condição de candidato. Como professor que também sou, alegro-me que a nossa simples declaração tenha servido para que o Governo acelerasse o pagamento desse valor a quem tanto merece”.