Wagner cita Elmano para rebater RC sobre propaganda que o associa a motins

Candidato do União Brasil disse que a CPI da Assembleia Legislativa, relatada por Elmano Freitas, o isentou de qualquer envolvimento com os motins de policiais no Ceará

O candidato a governador Capitão Wagner (União Brasil) rebateu, nesta quarta-feira, 21, uma inserção eleitoral da coligação de Roberto Cláudio (PDT) veiculada no rádio e na TV que o acusa de liderar motins policiais. Segundo Wagner, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada na Assembleia Legislativa do Ceará e relatada pelo seu adversário, Elmano Freitas (PT), teria comprovado ausência de ligações entre ele e os líderes do movimento paredista ilegal.

“O Elmano, incrivelmente, foi relator da CPI na Assembleia e nunca me convidou para ser ouvido, nunca me convocou, não me indiciou, então, está mais do que provado que eu não tive participação nenhuma”, disse Wagner ao O POVO durante carreata com apoiadores no bairro Jardim América, em Fortaleza.

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Na avaliação do candidato, a estratégia da campanha adversária em associá-lo a motins não deve influenciar na escolha do eleitor nas urnas. “Eu acho que isso é página virada. O eleitor tem consciência disso. A eleição de 2020 mostrou que essa associação não é automática. Então, estou muito tranquilo em relação a isso“, completou.

Na peça divulgada pela campanha de Roberto Cláudio, Wagner é descrito como “um candidato que liderou um motim e colocou a população em risco”. A peça também diz que o candidato adversário “defende a liberação das armas”, relacionando-o, indiretamente, ao discurso armamentista do presidente Jair Bolsonaro (PL), de quem Wagner tenta se descolar desde o começo da campanha.

Pregando uma candidatura independente, sem a influência de padrinhos políticos, Wagner repetiu a promessa de dialogar com qualquer presidente, caso eleito, e sinaliza que pretende manter relações cordiais com opositores. Em Juazeiro do Norte, Wagner e o candidato a senador Camilo Santana (PT) aparecem juntos em adesivos e panfletos de campanha distribuídos pelo prefeito Glêdson Bezerra (Podemos), apoiador de ambos.

Questionado pelo O POVO sobre o assunto, Wagner disse que encara a decisão de Bezerra “com naturalidade”, mas reiterou o apoio a Kamila Cardoso (Avante) para o Senado. “A gente respeita a posição do prefeito. Ele tem gratidão em relação ao ex-governador, que ajudou o município, assim como eu ajudei também. Ele estabeleceu isso como critério para a escolha de seus candidatos. E se com o governador houve o compromisso e esse compromisso foi honrado eu encaro isso com muita naturalidade”, afirmou.

O candidato diz acreditar, contudo, que o movimento pró-Camilo atrelado à sua imagem pode atrapalhar a campanha de Kamila Cardoso na região do Cariri. Porém, Wagner ressalta que a própria candidata compreendeu a decisão do prefeito de Juazeiro do Norte.

“Sem dúvida nenhuma [atrapalha]. Inclusive, a Kamila esteve comigo em Juazeiro. Eu não deixo de pedir votos para ela em canto nenhum. Ele [Glêdson] é um amigo pessoal dela, ficou constrangido, mas explicou que havia um acordo político que precisava ser respeitado e ela está aceitando isso com naturalidade”, acrescentou.

Após o encerramento da carreata na Capital, Wagner volta a direcionar as atenções para o Interior do Estado nesta quinta-feira, 22. O candidato visitará Acopiara e Mombaça, no Centro-Sul, e Granja e Camocim, no Litoral Norte. A agenda de campanha inclui caminhadas, entrevistas, carreatas e um comício.

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