Ao lado de Michelle, Bolsonaro participa do funeral da Rainha Elizabeth II em Londres
Presidente chegou ao local no início da manhãO presidente Jair Bolsonaro (PL) e a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, se encontram em Abadia de Westminster, em Londres, onde o corpo da Rainha Elizabeth II é velado na manhã desta segunda-feira, 19. O chefe do Executivo chegou ao local por volta das 6h45min, no horário de Brasília.
As informações são do G1. Conforme a reportagem, ao comentar sobre o velório da monarca, o político afirmou que todos terão “um ponto final”. "É participar da missa. Ficar calado o tempo todo. Quem crê é lembrar que um dia vai chegar o dia dele”, acrescentou.
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Bolsonaro se irritou, mais cedo, quando deixava a residência oficial do embaixador do Brasil em Londres e foi questionado se a viagem poderia influenciar em sua campanha, que busca reeleição à Presidência da República. "Você acha que eu vim aqui fazer política?", afirmou.
Apesar disso, o chefe do Executivo já havia introduzido o contexto político e eleitoral do Brasil durante sua viagem ao Reino Unido. “O julgamento (final) vai ser pelas suas ações e omissões. Todo aquele que trabalhou contra o próximo ou que se omitiu na hora em que poderia ajudar, segundo as escrituras, para quem acredita, vai ter o seu veredito. E lá não tem gente – como alguns do Supremo, já vão falar que eu estou criticando o Supremo – para descondenar uma pessoa e torná-la elegível", disse.
A declaração de Bolsonaro faz referência à decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que anulou os processos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na operação Lava-Jato e o tornou apto a disputar as eleições de 2022.
Em outro momento, durante conversa com apoiadores, o político já havia citado seu principal rival no pleito presidencial deste ano. "Por que a insistência em querer botar um ladrão de volta na Presidência? Alguém acha que é uma maravilha ser presidente? Botar um ladrão, com aquela quadrilha toda, na Presidência", declarou.
O presidente ainda citou a matéria do Uol, a qual revela que cerca da metade dos bens de Jair e seus familiares foi adquirida nos últimos 30 anos com uso de dinheiro em espécie, classificando-a como "canalhice" e "covardia".
Aos bolsonaristas, durante o domingo, 18, o chefe do Executivo falou que vai vencer as eleições em 2 de outubro. "Esse é o sentimento da grande maioria do povo brasileiro. Em qualquer lugar que eu vá, para quem conhece aqui. Ontem eu estive no interior de Pernambuco, e a aceitação é simplesmente excepcional. Não tem como a gente não ganhar no primeiro turno", declarou.
Apesar da afirmação, o político é o segundo colocado nas pesquisas de intenção de voto para a Presidência. Conforme o Agregador de Pesquisas do O POVO, plataforma que reúne os levantamentos e mostra tendências de voto, o candidato do PL aparece com 34%, dez pontos percentuais atrás de Lula, que lidera com 44%.
Rivais acusam Bolsonaro de fazer campanha em Londres
Adversários do presidente o acusaram de usar sua viagem a Londres para fazer campanha pela reeleição ao Palácio do Planalto. “Louvável o Bolsonaro ir ao velório da Rainha. Mas ir fazer campanha, falar mal dos outros? Em vez de Bolsonaro ir para o velório da rainha, seria mais louvável se ele tivesse visitado familiares e órfãos das vítimas da Covid-19, se ele tivesse comprado as vacinas no tempo certo”, disse Lula nas redes sociais.
Candidata pelo União Brasil (UB), Soraya Thronicke ingressou com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que a campanha do chefe do Executivo seja impedida de usar imagens da agenda dele em Londres. “Não se trata de suspeitas infundadas ou remotas. (Bolsonaro) tem se notabilizado pela utilização de eventos a que comparece na condição Chefe de Estado, custeados com recursos públicos e inacessíveis aos demais candidatos, com posterior divulgação em meios oficiais e redes sociais de campanha, para promoção de sua candidatura à reeleição”, diz trecho da ação.