No Ceará, Tebet fala em "virada" e diz que com Lula ou Bolsonaro "o Brasil não terá paz"

Presidenciável cumpriu agenda em Fortaleza, ao lado do senador Tasso Jereissati (PSDB), nesta quinta-feira, 15

Em visita ao Ceará nesta quinta-feira, 15, a candidata à Presidência da República pelo MDB, Simone Tebet, disse acreditar que há tempo para uma virada na campanha eleitoral deste ano, polarizada entre o ex-presidente Lula (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL), segundo as pesquisas de intenção de voto mais recentes. Tebet concedeu entrevista coletiva ao lado do senador Tasso Jereissati (PSDB) e de apoiadores em Fortaleza.

Ao ser questionada sobre se manteria posição de neutralidade em caso de um segundo turno entre Lula e Bolsonaro, Tebet declarou que se um dos dois for eleito presidente, a continuidade da polarização é certa e trará mais prejuízos ao País. “Estamos a pouco mais de 15 dias da eleição, comecei a ver as pessoas incomodadas e com consciência de que qualquer um dos dois (Lula e Bolsonaro) eleito presidente levaria esse país para um terceiro turno que só terminaria em 31 de dezembro de 2026. O Brasil não teria ou não terá paz”, pontuou.

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Segundo a emedebista, a “única saída” é a da Frente Democrática. “Por isso eu não desisto até o último dia. Tenho expectativa e confiança de que dá para virar esse jogo e que o resultado só acontecerá após a apuração das urnas”, concluiu. A agenda de Tebet na Capital inclui ainda uma caminhada no Centro de Fortaleza, com início na Praça José de Alencar até a Praça do Ferreira, encerrando na Pastelaria Leão do Sul.

Perguntada sobre a agenda pelo Nordeste e que estratégia sua campanha tem a partir dela para angariar votos, Tebet comentou querer o voto de todos pelo País. “Homem, mulher, jovem, idoso, estamos prontos para falar com o Brasil. Hoje a campanha é a do medo, estamos indo para uma eleição entristecidos, votando no menos pior. Estamos apresentando ao Brasil uma candidatura de moderação, com equilíbrio, diálogo e sensatez”.

Já o senador Tasso disse considerar a candidatura da colega “um marco” na trajetória brasileira. Na avaliação do tucano, o País vive um "processo de divisão" agravado por Bolsonaro, mas que teria começado "na época do PT" "(...) Resultado do nós contra eles do tempo do PT, veio outro radicalismo que foi a extrema direita com Bolsonaro. Simone representa um marco por ser a única capaz de unir o País e de conviver com ideias diferentes”, concluiu o parlamentar cearense.

Emprego e renda

Questionada sobre o cenário de retorno da fome e desemprego no Nordeste, Simone disse que o foco de sua eventual gestão é a geração de emprego e renda. “Só tem um jeito dos empregos voltarem, quando o Brasil tiver estabilidade e segurança jurídica. Ninguém investe num país polarizado, onde só se discute ódio, onde só se fica num discurso de nós contra eles e não se apresenta um projeto de responsabilidade fiscal, visando o social”.

A candidata alegou ainda que a candidatura do MDB é “a única que de imediato consegue garantir, previsibilidade, responsabilidade e segurança jurídica''. Paralelo a isso, ela declarou-se “liberal na economia” e defendeu que as as parcerias público-privadas saiam do papel. “Temos que rasgar esse país de Norte a Sul e de Leste a Oeste, com ferrovias, rodovias duplicadas, portos e aeroportos, com regras fáceis e flexíveis. Claro, cuidando da preservação ambiental, mas desburocratizando. Isso gera milhões de empregos”, disse.

Simone defendeu também a manutenção de uma transferência de renda permanente para a parcela da população mais vulnerável. “Os 600 reais estão aí para ficar e ninguém vai tirar. Isso seria desumano”, complementou.

Com informações do repórter Luciano Cesário.

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