Após resposta de Izolda, Roberto Cláudio reafirma acusações ao governo: "Fato jurídico grave"
O postulante ao Abolição disse que o caso se trata de um "fato jurídico grave"
19:14 | Set. 15, 2022
Candidato ao Governo do Ceará pelo PDT, Roberto Cláudio voltou a criticar a governadora Izolda Cela (sem partido) nesta quinta-feira, 15, durante encontro com vereadores, suplentes e ex-vereadores de Fortaleza em seu comitê de campanha, localizado no bairro Cocó.
O ex-prefeito de Fortaleza reafirmou durante entrevista que o governo tem feito "compra milionária" de apoio político de prefeitos do Estado, para que possam apoiar a candidatura de Elmano Freitas (PT) ao Palácio da Abolição.
O candidato do PDT ao Governo, Roberto Cláudio, rebateu as críticas que recebeu da governadora Izolda Cela, em virtude de uma peça de campanha que associa a ex-aliada a um suposto esquema ilegal. Segundo RC, não se trata de "juízo de valor", mas de "fato jurídico grave". pic.twitter.com/ate6XqRwcr
Nesta quinta também foi ao ar nova propaganda do pedetista no rádio e na televisão, alegando que a prática tem sido feita pelo Estado. A publicidade, inclusive, ocasionou em resposta de Izolda, afirmando — por meio das redes sociais — que Roberto tem lhe atacado "covardemente" através de "mentiras com objetivos eleitoreiros".
"Não gostaria de estar tratando desse fato, mas esse é um fato jurídico grave que, na verdade, sinaliza para uma prática política muito antiga que o Ceará havia vencido. Não cabe a mim esclarecer um fato jurídico, mas sim àqueles que são citados nesse fato jurídico", respondeu.
Acusação
O fato que RC relata é sobre a determinação da Corregedoria Regional Eleitoral do Ceará, por meio do desembargador Raimundo Nonato Silva Santos. O corregedor determinou na segunda-feira, 5, a proibição de transferência de qualquer recurso entre o Governo do Ceará e municípios cearenses, com exceção a verbas destinadas a “cumprir obrigação formal preexistente para execução de obra ou serviço em andamento”, conforme noticiado pelo colunista do O POVO+, Carlos Mazza.
Segundo a decisão, a proibição vale até a data do 2º turno da eleição deste ano. Na prática, a medida apenas reforça o que é determinado na Lei das Eleições, que proíbe as chamadas “transferências voluntárias” – aqueles repasses que não seguem determinação legal ou constitucional, como repasses de cotas do ICMS – nos três meses que antecedem o pleito.
A determinação ocorreu em decisão provocada por ação movida pela coligação "Do povo, pelo povo e para o povo", encabeçada por Roberto Cláudio (PDT) na disputa pelo Governo do Ceará, contra integrantes da chapa de Elmano Freitas (PT) e Camilo Santana (PT) na disputa.