"Prefiro focar na minha candidatura", diz Kamila sobre declarar apoio a Lula ou Bolsonaro

A candidata do Avante ao Senado, Kamila Cardoso, não pretende manifestar apoio a nenhum candidato a presidente da República nesse momento da campanha. Ela argumenta que a sua coligação tem três candidatos ao Palácio do Planalto, além de sua sigla ter deixado “muito livre” aos filiados em quem podem votar. Nacionalmente, a legenda da candidata retirou a candidatura do deputado federal André Janones para presidente para apoiar Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Considerando e respeitando todo o meu trabalho, toda a minha trajetória, eu prefiro focar na minha candidatura agora. Eu acho que o Ceará precisa saber quem é Kamila Cardoso muito mais do que eu declarar apoio a um presidente”, disse no Jogo Político desta terça-feira, 23.

Kamila argumenta que ela tem que direcionar os olhos para suas propostas ao Senado. “Quem é essa mulher que vai chegar lá. Então eu não vou me manifestar sobre esse assunto agora, vou avaliar, terá o meu apoio, não ficarei em cima do muro”, diz.

No entanto, ela destaca que terá o seu apoio aquele que defender as suas bandeiras, e diz que elas não se restringem apenas a um lado. “Acontece que as bandeiras que eu carrego, não necessariamente é de um lado ou de outro, ela tem uma pauta de um lado, tem uma pauta de outro. Então, eu preciso levar a minha verdade. Eu não tenho a necessidade de agora, nesse momento, dizer que eu estou de lado A ou B”.

Por mais que tenha dito que não irá se manifestar sobre o tema, ela diz que não vota em Ciro Gomes (PDT). “Eu confesso que no Ciro eu não vou, não. Porque eu acho que a gente está na hora de uma mudança, a gente vem de uma história do Ceará de uma oligarquia de 16 anos, de um povo sofrido, de um povo que precisa de uma mudança, de uma renovação”, disse.

Ela ressalta que não tem “nada contra a pessoa” de Ciro Gomes, e que até acha ele um homem “extremamente inteligente, um homem preparado, mas que não me traz confiabilidade. Eu prefiro optar por outros lados e não por ele”.

Sobre seu posicionamento estar alinhado à fala de Capitão Wagner, que durante entrevista ao Jogo Político disse que respeitava o Lula e respeitava mais ainda mais o Bolsonaro, Kamila sinaliza que sim. "Mas não porque é o Capitão Wagner que está dizendo isso, mas porque a Kamila pensa também dessa forma. Eu acho que a gente está numa polarização de partidos, de ideologias partidárias e o que me traz à política não é isso, é uma causa muito maior, é uma proposta muito maior”, diz.

Assista ao programa na íntegra: