"Não tem por que eu desrespeitar os candidatos a presidente", diz Wagner após críticas de André

O deputado estadual criticou Wagner por dizer que respeitava Lula

O candidato ao Governo do Ceará pela União Brasil, Capitão Wagner, reagiu ao comentário do deputado estadual André Fernandes (PL), que o criticou por dizer que respeitava o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A fala ocorreu durante sua participação no programa Jogo Político, do O POVO. O parlamentar afirmou, durante a manhã desta quarta-feira, 17, que não tem motivos para “desrespeitar” os concorrentes ao Palácio do Planalto.

“Eu acho que houve uma interpretação errada do que o André falou. Ele não falou que a minha fala era ‘desprezível’, ele fez essa referência ao ex-presidente. Eu vou repetir o que eu falei, se eu estou respeitando aqui o Elmano, se eu estou respeitando o Roberto Cláudio, se eu estou respeitando o Serley, se eu estou respeitando o Chico Malta, não tem porque eu desrespeitar os candidatos a presidente”, disse Wagner, antes de participar da posse do suplente Professor Wagner Lobo (Republicanos) na Câmara Municipal de Fortaleza, que ocupou a vaga do vereador licenciado Carmelo Neto (PL).

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Apesar da negativa de Wagner, Fernandes havia classificado a fala do concorrente ao Governo como "desprezível", além de dizer que o petista merecia "desprezo". “Ele ter dito que respeita o Lula em entrevista ao Jornal O POVO foi talvez o ápice até agora. Bandido não merece respeito, e sim desprezo! Como respeitar um ladrão que quer censurar a mídia, controlar a imprensa e impor uma ditadura no meu país? Essa fala foi desprezível!”, afirmou o parlamentar em seu perfil do Twitter.

O político acrescentou, ainda durante a entrevista desta manhã, ser preciso que um candidato ou futuro governador tenha “a capacidade de sentar na mesa, de dialogar”, e “respeitar quem pensa diferente”. “Nas matérias que a gente aprovou lá em Brasília, eu tive que negociar e sentar com o Psol, com o PCdoB, com o PT, bem como com o próprio União Brasil, com Republicanos, que são partidos que são antagônicos em termos ideológicos. Mas a gente conseguiu ter unanimidade em algumas matérias que eu apresentei. Quem ganhou com isso foi o povo brasileiro”, acrescentou.

Na publicação do último fim de semana, Fernandes também havia criticado, sem citar nomes, aqueles que "recebem de forma voluntária” suporte Jair Bolsonaro (PL), mas “preferem ignorar e esconder”. Em seguida, o deputado federal afirmou que “quem não liga para apoio” do presidente “também não deve se importar com o apoio dos bolsonaristas”. “O jogo político nos colocou três opções: RC (Ciro), Elmano (Lula) e Capitão Wagner. Diante desse cenário, não tenho outra escolha a fazer. Chegou a hora de ter mudança no Ceará. Continuo votando, mas votar não significa fazer campanha. Espero que ele repense o modo de agir”, completou na sequência.

Questionado sobre como vai dialogar com os apoios dos partidos que integram sua chapa governista, já que algumas legendas têm candidaturas próprias a nível nacional, Wagner disse que está “muito tranquilo”. “A gente tem no nosso Partido União candidato a presidente. O PL tem o presidente Bolsonaro. Nós temos o PTB com outro candidato a presidente. O Avante, outro candidato a presidente. Podemos apoiando a candidatura do MDB. Então, tem pelo menos cinco candidaturas a presidente no nosso arco de aliança e foi justamente por isso que a gente resolveu focar no Ceará, ir para o debate que realmente interessa ao eleitor cearense, falar da questão que envolve a violência, falar da questão que envolve a saúde pública, falar das questões que envolvem as gerações de oportunidade”, concluiu.

Assista a entrevista completa de Capitão Wagner ao programa Jogo Político

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