Wagner assegura palanque para "qualquer candidato" a presidente de sua coligação
Candidato do União Brasil ao Governo do Ceará confirmou que terá palanque múltiplo na eleição presidencial
22:21 | Ago. 17, 2022
O candidato ao Governo do Ceará Capitão Wagner (União Brasil) confirmou, nesta quarta-feira, 17, que sua campanha terá palanque múltiplo para a eleição presidencial de outubro. Em entrevista ao O POVO, ele disse que cumprirá eventuais agendas eleitorais com qualquer candidato ao Planalto apoiado por um dos sete partidos de sua coligação.
“Se qualquer um dos candidatos do arco de aliança estiver aqui no Ceará, por responsabilidade com a aliança e com os partidos que compõem essa aliança, a nossa obrigação é estar lá”, disse Wagner ao ser questionado sobre a possibilidade de participar de ato de campanha com o presidente Jair Bolsonaro (PL), caso este promova algum evento no Ceará durante o período eleitoral.
A declaração ocorreu após uma caminhada com correligionários no bairro Pajuçara, em Maracanaú, no fim da tarde. Durante a fala, Wagner mencionou o candidato a vice-governador, Raimundo Gomes de Matos, do PL, partido de Bolsonaro, para justificar possível participação em evento ao lado do presidente.
Ele usou o mesmo argumento ao citar outros partidos da coligação, para dizer que também compareceria a eventuais atos organizados por outras duas candidaturas presidenciais.
“Nós temos o nosso amigo Raimundo Gomes de Matos, que está na vice, é integrante do PL, o partido do presidente Jair Bolsonaro, eu tenho a Soraya [Thronicke] como candidata do nosso partido, o Podemos apoia o MDB, da candidata Simone Tebet, então estou muito tranquilo em relação a isso, até porque o foco é o Ceará”.
Além do União Brasil, PL e Podemos, a coligação de Capitão Wagner também reúne Republicanos, PTB, Avante e Pros. O primeiro e o último apoiam a reeleição de Bolsonaro, enquanto o segundo tem o ex-deputado Roberto Jefferson — em prisão domiciliar — como candidato a presidente. O Avante, por sua vez, estão na coligação da chapa Lula/Alckmin.
Para Wagner, a aliança com candidatos a presidente não deve influenciar no cenário eleitoral do Ceará deste ano. “O que vai mover o eleitor cearense é, sem dúvidas nenhuma, o melhor projeto, o projeto que respeite as instituições, que não agrida os adversários, que gera no cearense o sentimento de que ele vai ter uma vida melhor”.
Assim como o presidenciável Ciro Gomes (PDT), seu opositor histórico, o candidato do União Brasil afirmou que não há sentido em “nacionalizar” a campanha ao Governo cearense. “Tenho dito desde o ano passado que a nossa prioridade é o Estado do Ceará. A gente tem que discutir os problemas relacionados à violência, à miséria, à saúde pública. […] A necessidade é de discutir esses problemas e as suas soluções”, ponderou.