Veja o que candidatos ao Governo do Estado pretendem fazer com o Acquario do Ceará

Capitão Wagner, Elmano Freitas e Roberto Cláudio têm propostas distintas para a obra, que encontra-se paralisada desde 2015

11:36 | Ago. 16, 2022

Por: Luciano Cesário
Capitão Wagner, Roberto Cláudio e Elmano Freitas são os candidatos ao Governo do Ceará mais bem colocados nas pesquisas. (foto: Fábio Lima - Fábio Lima - Fco Fontenele / O POVO)

Com obras paralisadas desde 2015, o Acquario do Ceará volta ao centro das discussões eleitorais em 2022. Iniciada em 2012, a construção recebeu cerca de R$ 130 milhões em investimentos públicos, mas o o que se tem hoje é apenas o esqueleto da estrutura, localizada na Praia de Iracema. 

Os três principais candidatos ao Governo do Estado, Capitão Wagner (UB), Elmano Freitas (PT) e Roberto Cláudio (PDT), divergem sobre o destino que deve ser dado ao projeto original.

Eles comentaram o assunto durante participação no Jogo Político, do O POVO, na série de entrevistas que o programa realiza com os postulantes ao Palácio da Abolição.

Veja o que cada um deles falou sobre o que pretendem fazer com a obra, caso sejam eleitos:

Capitão Wagner 

“O que a gente vai fazer? Transformar um Acquario de mosquito da dengue no Acquario de mentes brilhantes. A gente tem uma capacidade intelectual gigante e a gente pode, através daquele espaço aquário, criar um Hub de tecnologia. Onde a gente vai preparar jovens para colocar no mercado de trabalho, onde a gente vai colocar empresas para interagirem uma com a outra".

“Logicamente, a gente vai ter que ver com a engenharia do estado. A gente não sabe ainda como é que vai ficar essa organização administrativa do estado, os engenheiros é que vão dizer se a gente pode aproveitar ou não a obra (do Acquario) ou se tem que derrubar e fazer tudo do zero. Não posso falar sem conhecer, a engenharia do estado que vai fazer dessa determinação.”

Elmano Freitas

“O que eu pretendo é buscar investidores. O que é que eu tenho claro: eu não vou mais colocar recurso público na obra. Se algum investidor chegar para mim e dizer: ‘eu assumo, eu faço o Acquario’, eu vou aceitar. Penso em fazer uma parceria público-privada com aquele investidor que entender que aquilo pode ser determinado investimento para um negócio”.

“Eu gostaria muito, aí é uma opinião pessoal minha, que nós pudéssemos ter ali um equipamento que se vinculasse com cultura e que pudesse ter uma lógica com o turismo da nossa cidade. Isso eu acho que é o melhor para nós, porque precisamos ter mais equipamentos culturais, para que o turista que vem aqui fique mais dias na nossa cidade.

"Mas essa é a minha vontade, eu preciso também ter investidores que queiram isso. E é o que eu vou fazer, procurar investidores nacionais e internacionais para dar um destino àquele equipamento”.

Roberto Cláudio

“Se eu fosse governador do Ceará e tivesse a oportunidade de estar oito anos no exercício do cargo, o Acquario já estava funcionando. O que eu posso responder é que se eu for governador do Ceará, obras que estão eventualmente paradas por várias circunstâncias, eu priorizarei terminá-las, e essa (Acquario) é uma delas”.

“Quero fazer mais, quero fazer da Praia de Iracema um eixo turístico [...] fazer dois equipamentos: a Casa do Forró e a Casa do Humor. São duas expressões da cultura cearense. E aí a ideia é colocar lá dentro um museu, um equipamento que traga a história das personalidades vinculadas a essas duas dimensões (forró e humor) da cearensidade, que tenha palco, um ambiente de entretenimento que seja público, mas possa ser explorado pelo público e pelo privado, como eu quero fazer com o Acquario”.

“[...] E além disso, dessas duas Casas, fazer um corredor na Rua dos Tabajaras, na Praia de Iracema, de permanência do turista por aqui, como se tem em outros locais do mundo. E, se tiver o privilégio de ser o governador do Ceará, tenha certeza que eu darei prioridade a esses assuntos”.

“A maior iniciativa, e a mais importante, é a gente colocar isso como uma prioridade de Governo. [...] Poder empacotar um projeto bom, buscar um parceiro privado, ter a parceria da Prefeitura, que já sinalizou interesse, e viabilizar um equipamento que sirva ao turismo, à economia, ao emprego e à renda, mobilizando dinheiro privado, que existe e está disponível”.