Servidores de empresa que vai monitorar as eleições anunciam greve
Os profissionais da empresa pública Serpro reivindicam o reajuste do salário em 12,13%, na busca por recomposição salarial pressionada pela inflaçãoServidores da empresa que vai monitorar as eleições, do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), anunciaram greve em todo o Brasil a partir da próxima quarta-feira, 17, por tempo indeterminado.
Os profissionais da empresa pública, referência em serviços de tecnologia, reivindicam o reajuste do salário em 12,13%, número baseado no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), buscando recomposição salarial com base na inflação oficial.
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A informação consta em sites de sindicatos que representam categoria, como é o caso da Frente Nacional dos Trabalhadores em Informática (FNI).
O órgão foi contratado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para monitorar a internet durante as eleições presidenciais, em outubro.
A empresa também executa a padronização de documentos de 35 portos e no desenvolvimento de ferramentas para o Tesouro Nacional.
O POVO ainda não conseguiu contato com a empresa para esclarecer mais detalhes sobre a greve.
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Em tentativas anteriores de negociação, a direção do Serpro só ofereceu no Acordo Coletivo de Trabalho 2022/2023 uma reposição salarial de 6,06%, que seria o correspondente à metade das perdas (12,03%), considerando o acumulado com o IPCA de maio.
Segundo a Frente Nacional, isso aconteceu mesmo após a Diretoria da empresa ter sido autorizada a ter o IPCA integral em seus salários e com o "Serpro tendo lucro altíssimo, devolvendo para a União como dividendos R$ 400 milhões em 2021."
"Enquanto os trabalhadores e as trabalhadoras acumulam 18% de perdas até 2021 e mais 12% em 2022 em suas remunerações porque não têm uma única reposição integral da inflação desde 2016, a Direção da empresa receberá o valor completo", complementa a FNI, em nota.
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