Elmano: "Eu sou mesmo o candidato da continuidade"
Candidato do PT avalia que pretende avançar em políticas que deram certo e corrigir áreas como a segurança pública, setor que enfrenta dificuldades de melhorias
20:59 | Ago. 12, 2022
O candidato do PT ao Governo do Estado, Elmano Freitas, disse que o seu governo será “absolutamente” a continuidade da gestão do ex-governador Camilo Santana (PT). Segundo ele, a garantia da continuação de políticas que deram certo, como a instituição de escolas em tempo integral, será uma das suas prioridades. O candidato petista afirma ainda que serão corrigidas políticas em áreas onde é possível melhorar, como a segurança pública.
"Eu sou mesmo o candidato da continuidade", afirmou ao ser perguntado sobre o que pretende fazer além de continuar o trabalho dos governos de Camilo e da governadora Izolda Cela. O que ele disse que pretende é tentar fazer com mais velocidade aquilo que está planejado.
A posição contrasta com o que disse na véspera Roberto Cláudio (PDT). "Não sou candidato da continuidade pela continuidade, nem muito menos da oposição odienta, cheio de malícias, descomprometido e sem propostas".
“Primeiro com 100% das escolas em tempo integral. Mas se eu puder chegar antes, eu quero chegar em 2024. Eu tenho 150 mil crianças extremamente pobres no programa Mais Infância. Eu quero ampliar o número de crianças e aproximar mais com mais agentes acompanhando as famílias dessas crianças”, disse Elmano, em entrevista ao programa Jogo Político, nessa sexta-feira, 12.
“Então eu tenho absoluta segurança que na minha avaliação, na avaliação da nossa aliança, é que nós somos uma candidatura para garantir absolutamente a continuidade dessas políticas”, emendou.
ASSISTA À ENTREVISTA DE ELMANO FREITAS PARA O JOGO POLÍTICO
Ele cita ainda outras propostas para a educação como promover a formação para 100 mil jovens na área da tecnologia, da informação e da comunicação. “Nós vamos iniciar um plano piloto com 5 mil. Eu quero ter recurso pra poder avançar rapidamente pra chegar nos 100 mil mais rápido”, diz.
Em áreas como a segurança pública, Elmano projeta um aporte maior em inteligência e na Polícia Civil e pretende intensificar parcerias com o Governo Federal. “O governador Camilo tinha um presidente da República que nem pra comprar vacina, nem para enfrentar uma pandemia, ele conseguia reunir. Ele se reunia com os governadores para brigar, ele fez um comitê com o presidente Supremo, com o presidente do Senado, com o presidente da Câmara, não aguentaram duas reuniões porque ele só briga”, disse Elmano, em crítica a Jair Bolsonaro (PL).
Prevendo um cenário de vitória do ex-presidente Lula (PT) contra Bolsonaro, Elmano diz que teria essa oportunidade de reunir governadores e o presidente da República para unir esforços e puder acelerar mais essas políticas. “Políticas de apoio aos povos indígenas, política de apoio aos povos quilombolas. Uma política intensa para a juventude. Uma relação com o BNB, com o Banco do Brasil, com o BNDES, para ajudar o empresariado cearense, especialmente o pequeno empresário cearense. Então essas mudanças e essas situações novas eu quero construir, mas sem colocar em risco a continuidade das políticas que foram tão bem executadas pelo governador Camilo”, complementa.
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Elmano Freitas afirmou ainda que a governadora Izolda Cela sem partido foi vetada pelo PDT para disputar a própria reeleição. A declaração veio em resposta ao questionamento do PT ter imposto veto ao nome do ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio (PDT) para concorrer ao governo pela aliança.
“Veto mesmo teve a governadora Izolda, no seu direito de reeleição, porque no Ceará os governadores homens que governaram esse estado e colocaram o seu nome a disposição, eles tiveram direito de disputar reeleição e a governadora Izolda teve o veto do seu partido a esse seu direito”, disse.
Segundo Elmano, os outros três nomes estavam sendo estudados porque havia dúvidas se a governadora Izolda pretendia ir para a reeleição. “No momento em que ela disse: 'Eu estou colocando meu nome à disposição', ela foi vetada”. Ele cita que Izolda recebeu apoio de 28 deputados estaduais, mais de 80 prefeitos, além de governadora contar com o apoio de todos os partidos da base aliada do governo, caso fosse ela a escolhida.