Veja alguns dos principais temas abordados por Capitão Wagner no Jogo Político
O candidato ao Governo do Ceará foi o primeiro entrevistado de série com o nomes que disputam o Palácio da Abolição
18:34 | Ago. 11, 2022
O candidato ao Governo do Estado pelo União Brasil, Capitão Wagner, participou do programa Jogo Político nesta quinta-feira, 11, em série de entrevistas com os nomes que disputam o Palácio da Abolição. O deputado federal apresentou propostas em áreas como segurança pública, meio ambiente, educação e desenvolvimento econômico. A entrevista foi transmitida ao vivo pelas plataformas digitais do O POVO no Facebook, YouTube e Twitter.
Crime organizado no governo
"Existem parceiros do governo, prefeitos, vereadores, que já foram investigados. Não só a nível de polícia federal, mas também a nível de polícia civil do Estado do Ceará. Na última eleição, identificaram vínculo de facções que apoiaram determinadas candidaturas a prefeito, a vereador do grupo que estava no poder até ontem."
"Hoje eu não sei se é do governo ou se é de oposição, porque até ontem eles estavam juntos e hoje fazem parte de dois grupos que vão disputar a eleição com candidaturas diferentes, mas que permanecem juntos no governo e também na prefeitura de Fortaleza."
“Está havendo, na verdade, uma guerra muito grande por apoio dos prefeitos que estão na gestão. Teve até denúncia do André Figueiredo, que disse que os prefeitos estão sendo coagidos a votar no Elmano. Uma prática que quem fazia era o PDT com os Ferreira Gomes, e agora apontam que quem faz é o Camilo”.
“Estou procurando fugir desse debate. Lógico que todo prefeito que vier, vamos aceitá-lo de bom grado, mas nosso diálogo é com o cearense”.
“Vai vencer quem tem a melhor proposta e não a maior quantidade de prefeitos apoiando”, completou o candidato do União Brasil.
Rompimento PT e PDT
“Me parece muito mais estratégico quando você vê o Elmano elogiando Cid. Quando você vê o Roberto Cláudio criticando o Camilo. É uma coisa muito confusa na cabeça das pessoas”, destacou Wagner.
Em quem vota para presidente
A situação do presidente (Bolsonaro) é diferente da minha. Eu tenho um arco de aliança muito mais amplo e eu tenho um problema que é o problema da fidelidade partidária. Quando o União Brasil tem uma candidata a presidente da República (Soraya Thronike) e eu declaro apoio para outro candidato, os meus adversários podem questionar isso e gerar problemas eleitorais na Justiça Eleitoral pra mim. Estou muito tranquilo com o arco de aliança ampla, o PL vai poder fazer todo o trabalho para defender a candidatura do presidente, União Brasil, na proporção que for devida, vai fazer o trabalho para defender a sua candidata.”
“Respeito a eleição nacional, respeito o Lula, respeito ainda mais o Bolsonaro, sou grato a ele por ter feito esses elogios e pôr em virtude que o PL tá no nosso lado de alianças, mas eu estou muito focado no Estado do Ceará. Não sei se vai ter segundo turno, se tiver a gente vai avaliar com toda cautela possível. Espero que quem ganhar a eleição tenha prioridade para pacificar o país.”
“Eu já votei no Elmano, eu não tenho vergonha de dizer que eu votei lá em 2010. Por que eu iria me envergonhar disso? Ele disputava uma eleição contra os Ferreira Gomes e eu sempre militei e fiz política no campo adversário aos Ferreira Gomes.”
Izolda
“Me sensibilizei muito com o que aconteceu com a governadora Izolda, porque se trata de uma mulher. A mulher está sentada na cadeira de governadora para concorrer à reeleição e dizer não você não pode concorrer. O Temer estava com o presidente e deixou de concorrer porque ele sabia que não dava pra eleição. Mas a Izolda não só sentou como disse ‘eu quero’. O arco de aliança que estava se construindo em cima da candidatura dela era imenso, gigante, e os partidos queriam o nome dela. Então eu queria uma explicação viável para ela não ser a candidata".
“Eu até acabo registrando agora que me favoreceu ela não ser candidata, porque seria muito mais difícil contra ela uma eleição baseada em tudo isso que eu falei.”
O que fará da CGD
'Temos que mudar o foco da CGD (Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário). A CGD é uma instituição que, na minha opinião, tem que investigar, identificar, demitir, encaminhar para a Justiça prender o policial que tem envolvimento com traficante, o policial que faz a segurança da facção, o policial que extorque o comerciante, envolvido em chacina e qualquer tipo de delito".
“O policial que comete esses tipos de crime não merece nunca ter sido policial. O policial que comete crime tem que ser tratado como criminoso. Agora o bom policial não pode ser perseguido por um órgão do Estado.”
Policiais do motim
"Se eu fosse governador seria uma postura diferente, eu penso em reintegrar essas pessoas que foram afastadas. Naquele afastamento, vimos um desejo muito grande do estado de dar a resposta imediata.”
"Teve um policial que estava com a perna engessada, que tinha levado um tiro na ocorrência e que foi preso em flagrante porque não foi trabalhar. Eu vou repetir. O policial não foi trabalhar, né? Porque ele estava na greve não, né? Porque não estava no movimento. É porque ele estava com a perna engessada e levou um tiro na ocorrência e foi preso em flagrante. E esse tipo de exceção não foi um caso específico, foram muitos policiais que não tinham nada a ver com o movimento que foram punidos daquela forma.”
“Eu acho que aquele movimento, primeiro não era pra ter acontecido, eu fui contra aquele movimento, e o que aflorou tem que avaliar caso a caso e tem que ter responsabilidade. Se o policial cometer o crime de fato e estiver instigando qualquer coisa que seja criminosa de fato e não o movimento reivindicatório, aí não tem como voltar atrás.”
Acquário Ceará
"O aquário era pra ser uma obra para gerar um fluxo maior de turistas, que era pra movimentar a Praia de Iracema e acabou degradando ainda mais aquele espaço. O Acquário do Ceará já consumiu duzentos milhões de reais para terminar a obra. Precisa de mais trezentos milhões. Ou seja, quinhentos milhões de reais somente de recurso público é completamente inviável.”
“O que a gente vai fazer? Transformar um aquário de mosquito da dengue no aquário de mente brilhante. A gente tem uma capacidade intelectual gigante e a gente pode, através daquele espaço aquário, criar um Hub de tecnologia. Onde a gente vai preparar jovens para colocar no mercado de trabalho, onde a gente vai colocar empresas para interagirem uma com a outra".
“Logicamente, a gente vai ter que ver com a engenharia do estado. A gente não sabe ainda como é que vai ficar essa organização administrativa do estado, os engenheiros é que vão dizer se a gente pode aproveitar ou não a obra (do Acquário) ou se tem que derrubar e fazer tudo do zero. Não posso falar sem conhecer, a engenharia do estado que vai fazer dessa determinação.”
Na sexta-feira, 12, o entrevistado será Elmano Freitas (PT) e na terça-feira da próxima semana, 16, será a vez de Serley Leal (UP). O candidato Roberto Cláudio (PDT) estava previsto para dar entrevista na última terça-feira, 9, mas desmarcou na segunda à noite.