Capitão Wagner: "Respeito o Lula, respeito ainda mais o Bolsonaro"
Em caso de segundo turno, ele disse que avaliará "com toda cautela possível"
19:56 | Ago. 11, 2022
O candidato ao Palácio da Abolição Capitão Wagner (União Brasil) declarou que tem respeito pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e “mais respeito ainda” pelo atual mandatário Jair Bolsonaro (PL). Pelo atual presidente, Wagner diz ter ainda gratidão pelos elogios recebidos, além de contar com o apoio da legenda de Bolsonaro no seu arco de alianças no Ceará. Declarações foram dadas ao conceder entrevista ao Jogo Político, nesta quinta-feira, 11.
“Respeito muito a eleição nacional, respeito o Lula, respeito ainda mais o Bolsonaro, sou grato a ele por ter feito esses elogios e em virtude do PL está no nosso arco de alianças. Mas eu estou muito focado no Estado do Ceará”, disse.
Ao avaliar a gestão de Bolsonaro no decorrer do tempo, Wagner diz que o presidente teve “a infelicidade” de se deparar com a pandemia de Covid-19, que ainda segue presente na sociedade e que trouxe sérios problemas de saúde para o país, além de “sérios problemas econômicos”. No entanto, ele menciona o Auxílio Brasil como uma dos benefícios propiciados por Bolsonaro. “Quando o governo federal se sensibiliza e paga um Auxílio Brasil com um valor maior do que a gente recebia antes, um valor ínfimo realmente, não dava para custear nada. Acho que é uma medida que ajuda a matar a fome de quem está passando fome nesse momento”.
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“Quando as águas do São Francisco chegam aqui, tanto tempo o cearense espera essas águas do São Francisco chegarem no Ceará. Eu acho que isso também é um ponto positivo do Governo Federal”, continuou.
Como pontos negativos, ele cita a gestão da pandemia. Mas volta a destacar a pauta econômica como positivo. Para ele, a situação econômica que o país está passando hoje acaba sendo “referência até mundial”. “Está recuperando a economia muito mais rápido que outros países e a gente espera que quem ganhar a eleição mantenha essa continuidade de recuperação econômica”.
Em um cenário polarizado entre Lula e Bolsonaro, atuais líderes nas pesquisas de intenções de votos, Wagner diz que não sabe se vai ter segundo turno mas caso tenha, irá avaliar “com toda cautela possível”. “Espero que quem ganhar a eleição tenha como prioridade pacificar o país”.
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Wagner considera que o momento que o Brasil vive é de extremismo, de fanatismo dos dois lados, e isso é capaz, ele entende, de gerar mortes nesta eleição. “Como já gerou em um estado da região Sul. É capaz de gerar lesões corporais, é capaz de gerar tragédias e tudo que eu tenho feito na minha pré-campanha e no início da nossa campanha é estimular a paz, estimular o bom diálogo”.
Ele mencionou o fato de já ter votado, em 2012, no adversário Elmano Freitas (PT). “Já votei no Elmano. Eu não tenho vergonha em dizer que votei no Elmano lá em 2014. Por que que eu iria me envergonhar disso? O Elmano disputava eleição contra os Ferreira Gomes e eu sempre militei e fiz política no campo adversário dos Ferreira Gomes”.
Wagner diz ter “muita tranquilidade” para sentar com quem quer que seja o adversário. “O governador Camilo (Santana), quando assumiu o governo, me chamou para eu sentar lá no Palácio da Abolição com ele, eu levei a proposta de criar a Secretaria de Administração Penitenciária, ela foi criada e tem um grande secretário à frente dela, que conseguiu organizar e disciplinar os presídios. Eu levei a ideia para o governador de criar o Fundo Penitenciário Estadual, que não existia aqui, foi criado esse fundo e esse fundo já trouxe muitos milhões de reais para investir no sistema penitenciário”.