Em nova reviravolta, Pros deixa Elmano e retorna com apoio a Capitão Wagner
Decisão do STJ afastou Marcus Pestana do comando nacional do partidoO arco de alianças em torno das candidaturas ao Palácio da Abolição nas eleições do Ceará ganhou mais um capítulo. Após o Partido Republicano da Ordem Social (Pros) recuar do apoio a Capitão Wagner (UB) e aderir a chapa de Elmano Freitas (PT), uma nova reviravolta colocou a sigla de volta à coalizão do deputado federal.
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A mudança ocorreu após decisão do ministro Antônio Carlos Ferreira, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que devolveu na noite desta quarta-feira, 3, a legenda ao comando nacional de Marcus Pestana, afastando, dessa forma, Eurípedes Chaves.
A troca, mais uma vez, repercutiu nos rumos da política cearense. A presidência do partido, que havia sido assumida por Otoni Lopes de Oliveira Neto, sobrinho do ex-senador Eunício Oliveira (MDB), voltou para Adilson Pinho. Consequentemente, o apoio da legenda foi devolvido para Wagner, conforme informou a assessoria do parlamentar por meio de nota.
Em comunicado dirigido à imprensa, Adilson afirmou que a decisão trata-se de um jogo político. "Diante de uma questão meramente jurídica, e na tentativa de chamar a atenção, um determinado grupo mostra ao povo cearense sua total irresponsabilidade, falta de compromisso e seriedade com questões que envolvem o futuro do Estado. Reafirmo nosso compromisso com um projeto de renovação, de crescimento e melhoria da qualidade de vida do nosso povo”, disse.
A decisão ainda pode sofrer alterações. Isso porque, em âmbito nacional, a legenda passa por instabilidades, protagonizando uma disputa jurídica entre Pestana e Eurípedes pela presidência da sigla.
No ato mais recente, o ministro Antonio Carlos entendeu que o STJ não tem competência para analisar o caso, uma vez que ainda há alegações pendentes para serem examinadas pela instância anterior, referindo-se ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). A decisão pode ser acessada clicando aqui.
“Não se ignora os impressionantes argumentos deduzidos pela parte que requereu a tutela de urgência nestes autos, calcados em supostas irregularidades praticadas nos procedimentos administrativos e até mesmo nas instâncias ordinárias da esfera judicial, objeto de procedimentos que visam a apurar a isenção dos órgãos que examinaram a questão controvertida. Tem-se, contudo, alegações que ainda pendem do exame das instâncias precedentes, carecendo o STJ da competência para apreciá-las desde logo, sob pena de qualificar supressão de instância”, diz trecho do documento.
Ele contrapõe a deliberação do ministro Jorge Mussi, STJ, que na última segunda-feira, 1º, havia acatado uma liminar para devolver a presidência do Pros a Eurípedes Júnior.