Roseno e João Alfredo criticam retirada de candidatura do Psol ao Senado

Eles dizem que o apoio à retirada das candidaturas do Psol dependia da candidatura de ambos, o que não ocorreu com Anacé

17:09 | Ago. 04, 2022

Por: Érico Firmo
Paulo Anacé concorrerá a deputado federal (foto: Thais Mesquita)

O deputado estadual Renato Roseno e o ex-deputado federal João Alfredo lamentaram a decisão do partido deles, o Psol, de retirar a candidatura de Paulo Anacé para o Senado. Na quarta-feira, a legenda decidiu pela retirada das candidaturas de Anacé e também de Adelita Monteiro ao Governo do Estado. E anunciou o apoio a Camilo Santana (PT) para o Senado e Elmano Freitas para o Governo. O partido, nacionalmente, já havia definido apoio a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para presidente. A retirada de candidaturas foi aprovada por 15 votos a 5, com 6 abstenções.

Os dois explicam que foram favoráveis ao apoio a Lula e não se colocaram contra a composição com o PT. Todavia, retirar os nomes de Adelita e Anacé dependia de ambos concordarem, o que ocorreu com Adelita, mas não com Anacé. "Nos dois casos, condicionamos o apoio à retirada de nossas candidaturas majoritárias à concordância de ambos, por respeito às nossas figuras públicas. No Diretório, Paulo foi contra a retirada de sua candidatura, o que teve nosso apoio", informaram em nota.

Eles acrescentam: "Seria possível, inclusive viabilizar o apoio ao Elmano mantendo duas candidaturas ao Senado – Camilo Santana e Paulo Anacé –, já que a legislação permite."

Os dois não questionam a aliança para apoiar Elmano. "Continuamos considerando importante derrotar o fascismo nacional e estadualmente e temos acordo na unidade em torno da candidatura de Elmano de Freitas (PT) ao Governo do Estado, ao lado de Lula à presidência."

Ele dizem esperar que o Psol reveja a posição sobre Anacé. "(...) lamentamos profundamente a retirada da candidatura indígena em nossa chapa majoritária e manifestamos aqui nossa irrestrita solidariedade ao companheiro Paulo Anacé. Esperamos, sinceramente, que o partido repare essa injustiça", diz a nota.