Executiva do Psol justifica retirada de candidaturas no Ceará

Sob questionamentos pela retirada da candidatura de Paulo Anacé a senador, a executiva do Psol no Ceará justificou a decisão de apoiar os petistas Elmano Freitas para governador e Camilo Santana para senador, com as retiradas de Adelita Monteiro e também de Anacé. A decisão foi tomada por 15 votos a 5, com 6 abstenções.

"A aprovação dessa decisão reflete a necessidade de buscar a unidade para derrotar Bolsonaro e o bolsonarismo no Brasil e no Ceará. Retiramos as candidaturas de 2 mulheres, mães, periféricas e uma delas PCD (pessoa com deficiência)", diz a nota.

O texto elogia os pré-candidatos cujas candidaturas foram retiradas. "Adelita, dirigente do Psol respeitada por toda a esquerda e pelos movimentos sociais e Juliana (que concorreria a vice-governadora), dirigente da REDE e militante do movimento de pessoas com deficiência do Cariri, assim como também a retirada da pré-candidatura ao Senado do lutador indigena do qual temos muito respeito, Paulo Anacé."

Porém, a executiva justifica: "A maioria da direção estadual entendeu que não seria justo retirar as candidaturas de duas mulheres e manter a candidatura de um homem ao Senado, não deslegitimando sua trajetória e seu compromisso com a luta mas não seria coerente de nossa parte."

A retirada da candidatura de Anacé é questionada por expoentes da legenda, como o deputado estadual Renato Roseno e o ex-deputado federal João Alfredo.

A votação foi assim (entre parênteses, os grupos internos a que pertencem no Psol):

Votaram a favor da retirada da chapa majoritária para se aliar ao PT as correntes:

Primavera Socialista: 8 votos

Resistência: 3 votos

Revolução Solidária: 3 votos

1 voto sem identificação de corrente 

Votaram contra a proposta de retirada das pré-candidaturas: 

Comuna: 2 votos

MES: 1 voto

Primavera Socialista: 1 voto

Fortalecer: 1 voto

Abstenções:

Insurgência: 3 abstenções

Resistência: 2 abstenções

Subverta: 1 abstenção

*Nomes dos integrantes foram retirados a pedido do partido