Deputado pedetista pede autorização a Roberto Cláudio para apoiar Camilo ao Senado

Mesmo sem definição de candidatura ao Senado do PDT, Osmar Baquit diz que quer votar em Camilo Santana (PT)

14:51 | Ago. 03, 2022

Por: Luciano Cesário
Pedetista, deputado Osmar Baquit diz que quer votar em Camilo Santana, do PT, para o Senado (foto: Thais Mesquita)

O deputado estadual Osmar Baquit (PDT) revelou que pediu autorização ao candidato ao Governo do Estado de seu partido, Roberto Cláudio, para apoiar a campanha do ex-governador Camilo Santana (PT) na disputa ao Senado. Segundo ele, boa parte da bancada pedetista na Assembleia Legislativa do Ceará (AL-CE) também já se movimenta na mesma direção.

“Tem muita gente do PDT que vai votar no Roberto Cláudio [para o Governo], mas que quer votar no Camilo [para o Senado], principalmente os deputados e também alguns prefeitos. E aí, nós vamos ser impedidos ou não de votar no Camilo? Eu quero votar nele”, afirmou Baquit ao O POVO. “O PDT vai aceitar que eu e outros colegas votem [no Camilo] abertamente? Essa pergunta eu fiz ao Roberto Cláudio”.



Questionado sobre qual resposta teria recebido de RC, Baquit indica que o candidato deixou a possibilidade em aberto: “[Ele disse que] Ia ver. Depois do dia 6 [de agosto] diria”. Para o deputado, a questão já deveria estar sendo tratada de forma oficial pelo diretório estadual do partido. Segundo ele, nenhuma reunião interna sobre o assunto havia sido realizada até esta quarta-feira, 3.  

O PDT ainda não definiu qual candidato irá lançar ao Senado na chapa encabeçada por Roberto Cláudio e que conta com Domingos Filho (PSD) na vice. A expectativa é que o nome para a vaga seja indicado pelo PSDB, do senador Tasso Jereissati, que na última segunda-feira, 1º, publicou nota de apoio ao bloco pedetista. Os tucanos marcaram a convenção para esta quinta-feira, 4, mas ainda não sinalizaram se pretendem lançar candidato à Câmara Alta do País.

O impasse, segundo Baquit, causa desgaste ainda maior entre os pedetistas. Para ele, mesmo após o fim da aliança com o PT, “não há clima” para confrontar os ex-aliados. “Infelizmente a gente fica numa situação extremamente delicada, porque o Roberto é meu amigo, Izolda, Camilo, eu trabalhei com todos eles. Isso é muito chato”, declarou.