Disputa por vice de Garcia põe em xeque acordo entre PSDB e MDB
A disputa pela vaga de vice na chapa à reeleição do governador Rodrigo Garcia (PSDB) coloca em xeque a aliança estratégica com o MDB em São Paulo. Os dois partidos, que estavam em campos opostos até 2018, se reaproximaram nas eleições municipais de 2020 e traçaram um projeto para 2024 e 2026.
Pela estratégia original elaborada por Garcia e pelo prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), no começo do ano, um "tucano raiz" migraria para o MDB e seria indicado candidato a vice do governador. O primeiro convidado foi o ex-senador e ex-vice-governador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), mas ele declinou. Nunes então indicou seu então secretário da Saúde, Edson Aparecido, ex-chefe da Casa Civil de Geraldo Alckmin.
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Esse era o acerto em vigor até o União Brasil reivindicar a vaga e pesquisas qualitativas indicarem que seria melhor Garcia ter uma mulher como vice. O assunto foi tratado ontem em almoço na capital com Garcia, Nunes, o presidente nacional do MDB, Baleia Rossi, e o presidente da Câmara Municipal de São Paulo, vereador Milton Leite (União Brasil).
O encontro terminou sem definição, mas segundo o relato de aliados, o tucano está "desconfortável" com a pressão do União Brasil. A candidatura de Garcia será confirmada hoje em convenção do PSDB sem um vice definido.
Capital
"Os dois partidos devem estar juntos em uma grande aliança em 2022 e também em 2024, na disputa pela Prefeitura, e em 2026", disse o presidente do PSDB da capital, Fernando Alfredo. "Entendemos que compromisso político se cumpre e não se discute. O processo da escolha do vice será feito com tranquilidade", disse Baleia Rossi.
Para Garcia, o engajamento de Nunes - e consequentemente da máquina da Prefeitura - será determinante na disputa pelos votos da capital, onde o PT tem mais força. Pelo acerto, os tucanos devem apoiar o emedebista na disputa pela reeleição em 2024 contra Guilherme Boulos (PSOL), que terá o apoio do PT.
Caso Garcia seja reeleito, o seu vice tem grandes chances de assumir o governo por pelo menos oito meses em 2026, já que o tucano não pode concorrer novamente à reeleição, mas teria a opção do Legislativo.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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