Presidente da Aprece, prefeito de Chorozinho se desfilia do PDT para apoiar Elmano

O prefeito de Chorozinho Dr. Júnior Menezes, que também é presidente da Associação de Municípios do Ceará (Aprece), anunciou nesta quinta-feira, 28, sua desfiliação do PDT. a decisão, segundo ele, tem como objetivo apoiar as candidaturas de Elmano de Freitas (PT) para governador e Camilo Santana (PT) para o Senado.

"Anuncio que estou me desfiliando hoje do PDT. Tomo essa decisão com toda a consciência para me engajar na campanha de Camilo Santana para o Senado e Elmano de Freitas para o Governo do Estado", afirmou em suas redes sociais.

Dr. Júnior justifica a saída do PDT pela "gratidão" que diz ter por Camilo e pelo "respeito" que possui em relação à governadora Izolda Cela (sem partido). "Faço isso por dever de gratidão por tudo que o ex-governador Camilo fez pelo meu município Chorozinho e por todo o Ceará, e pelo respeito que tenho à governadora Izolda Cela, que tinha toda a legitimidade para ser a candidata do partido à reeleição. Acredito num Ceará cada vez mais forte e unido, e vou trabalhar muito por isso.

Camilo apoiava o nome de Izolda para concorrer à reeleição, mas ela acabou sendo derrotada pelo ex-prefeito Roberto Cláudio em votação do diretório estadual do PDT. Após a decisão, RC teve a candidatura oficializada em convenção, Camilo anunciou Elmano para disputar o Palácio da Abolição e Izolda se desfiliou do PDT. Chegava ao fim a aliança política que ditou os rumos do Ceará nos últimos 16 anos.

Na última terça-feira, 26, em entrevista ao programa Jogo Político, o presidente estadual do PDT, deputado André Figueiredo, admitiu a possibilidade de prefeitos do partido se engajarem na candidatura de Camilo ao Senado, mas rechaçou a hipótese de isso acontecer no caso da candidatura de Elmano ao Governo. O apoio teria que ser garantido a Roberto Cláudio. "Aquele prefeito que votar literalmente em candidatos que estejam na chapa adversária não são pedetistas", ressaltou. 

No caso de deputados que não seguirem a decisão partidária de fazer campanha pró-RC, a situação seria mais grave, com risco de os candidatos à Assembleia Legislativa ou à Câmara dos Deputados perderem a legenda. “Nós somos partidários. Existe uma resolução da direção nacional do partido, que não admite discrepância”, disse.

E acrescentou: "Dentro da resolução está muito claro que quaisquer candidatos que discrepem da orientação da direção nacional e direção estadual em relação às candidaturas majoritárias cometerá infração grave. Portanto, sujeito a perder a legenda para disputar a candidatura".